GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 20

POV AMÉLIA.

Assim que acordei, senti que estava deitada numa cama, minha cabeça estava doendo. Abri meus olhos, mas a claridade me incomodou fazendo-os doer, então os fechei rapidamente. Tive um pesadelo horroroso. Me espreguicei e senti meu corpo todo doer. Mas algo estava me incomodando em volta do meu pé, abri meus olhos novamente, me sentando na cama e acostumei com a luz. Quando consegui enxergar com clareza, vi que meu pé estava imobilizado, observei ao meu redor e me localizava em um quarto de hospital.

— Não, isso não pode ser real. — Murmurei desesperada e não querendo acreditar. Mas quando olhei para meus braços tive certeza que era verdade, que eu estava vivendo um pesadelo. Meus braços estavam machucados com arranhões, resultado da minha fuga pela floresta. Comecei a me lembrar de tudo que aconteceu.

— Se tudo é verdade, então Magnos é um lobo? — Pensei em desespero. Comecei respirar rapidamente e entrar em pânico. Estava difícil de respirar, comecei a chorar e só piorou a situação. As máquinas começaram a apitar e a porta do quarto foi aberta com força. E pessoas entraram correndo. Minhas lagrimas impediam de ver quem eram as pessoas que estavam no quarto.

— Amélia. — Uma voz masculina me chamou. Eu conhecia aquela voz, ele me vez deitar, eu não estava conseguindo respirar direito.

— Ela está com dificuldade para respirar. Pegue o oxigênio. — Ele dava ordem.

Lentamente consegui enxergar nitidamente e vi que quem falava e cuidava de mim, era doutor Hélio. Meu medo só aumentou, ele deve ser um lobo também. Tentei me livrar de suas mãos que me examinavam.

— Amélia se acalme. Você está hiperventilando, precisa se acalmar. Pense nos seus filhotes. — Ele falou e colocou a máscara de oxigênio no meu rosto. Pensar nos meus filhos me fez começar me acalmar, eu preciso cuidar deles.

— Amélia, tente respirar, você está tendo uma crise de pânico. Tem que se acalmar pelo bem de seus filhos. Eles sentem tudo que você sente. — Disse Hélio. Ouvir isso me preocupou, eu não posso fazer meus bebês sofrerem. Tenho que me acalmar.

Deixei o oxigênio entrar e encher meus pulmões. Imaginei meus filhos em meus braços e fui me acalmando e conseguindo respirar melhor.

— Muito bem. Sua respiração está se normalizando. — Falou Hélio.

Em alguns minutos eu estava me sentindo melhor e Hélio dispensou as outras pessoas, restando apenas nós dois. Tirei a máscara, pois me sentia bem melhor e já podia respirar sem dificuldade.

— Como está se sentindo? — Ele me perguntou.

— Melhor. — Respondi evitando contato visual, eu não queria olhá-lo. Pude ouvir ele suspirando.

— Você dormiu por dois dias, já estávamos ficando preocupados. — Ele falou. Quando ouvi que havia permanecido por dois dias inconsciente, olhei na direção de Hélio. Ele sorriu para mim, satisfeito por ter minha atenção.

— O que aconteceu? — Perguntei a primeira coisa que veio a minha mente. Eu não sabia como conversar com ele.

— Você desmaiou e Magnos lhe trouxe. Quando chegou, estava com alguns ferimentos nos braços e uma luxação no tornozelo. Tivemos que imobilizar, terá que ficar em repouso por alguns dias. Seus filhos estão bem e saudáveis.

Eu estava feliz por saber que meus bebês estão bem. Mas saber que terei que ficar sem poder andar por alguns dias não me agradou. Não posso ficar nesse lugar com um homem lobo querendo tirar meus filhos. Preciso arrumar uma maneira de fugir, mas por enquanto terei que ficar aqui até meu tornozelo melhorar.

— Você contou para ele sobre meus filhos. — Falei afirmando.

Não posso me arriscar ser morta e devorada por essas coisas. Nem sei o que tem lá fora, talvez tenha seres piores que esses homens lobos. Estou apavorada só em pensar quando estiver na presença de Magnos. Aquele lobo era amedrontador, seus olhos vermelhos e aqueles enormes dentes afiados, me dão muito pavor. A porta se abriu e o motivo de meu pesadelo, entrou. Quando vi Magnos, meu coração se acelerou. Ele caminhou até perto de nós, seu olhar frio me observava intensamente.

— Alfa. — Falou Hélio com respeito. Realmente não posso confiar em ninguém nesse lugar. Observando a maneira que Hélio trata Magnos, como se ele fosse um soberano, tenho certeza que os outro também agem da mesma maneira. Ninguém vai me ajudar e ficar contra ele. Estou sozinha nesta luta.

— Como Ela está? — Magnos perguntou me observando.

— Tivemos um problema. Amélia teve dificuldade de respirar. Mas conseguimos controlar a situação. — Explicou Hélio. Magnos se virou imediatamente para Hélio.

— O que aconteceu? Os filhotes estão bem? — Perguntou Magnos mostrando preocupação.

— Amélia teve uma crise de pânico. Os filhos estão bem, não foram afetados. Mas ela pode ter outra crise se ficar ansiosa. — Explicou Hélio.

— Certo. Agora você pode se retirar. Porque quero conversar com a senhorita Carter. — Falou Magnos sério. Eu senti um frio na espinha e meu corpo todo se arrepiou.

— Com licença alfa. — Disse Hélio e saiu. Eu não queria ficar sozinha com esse ser.

— Agora somos eu e você. — Falou Magnos e se sentou numa cadeira de frente para mim. Por que eu sentia que estava a caminho do abate?

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