POV AMÉLIA.
— Como assim, seus pais estão vindo? — perguntei, alarmada. Jake suspirou, passando a mão pelos cabelos. Ele parecia mais preocupado do que eu jamais havia visto.
— Eles estão preocupados com você, Amélia. Você foi sequestrada, conseguiu fugir dos sequestradores, mas não voltou para casa. Está vivendo longe sem dar muitas explicações e, embora eu tenha tentado acalmá-los, eles querem ver você pessoalmente para ter certeza de que está bem — explicou Jake. Cecília segurou minha mão.
— Magnos não vai permitir que eles entrem na alcateia. É muito perigoso para eles, com tantos lobos em volta da alcateia. E é perigoso para nós e o mundo sobrenatural, caso os pais de Jake descubram sobre nós. Magnos é muito protetor, e você sabe disso — comentou Cecília. Jake assentiu, concordando.
— Ceci está certa. E é por isso que Magnos decidiu ir para Salem. Magnos já concordou em receber meus pais em Salem e nos levar para a casa dele. Faremos de tudo para parecer que estamos vivendo uma vida normal e humana — revelou Jake. Eu senti um frio na barriga ao ouvir isso. A ideia de sair da alcateia, especialmente estando grávida, me deixava nervosa.
— Mas e se algo der errado? E se meus tios descobrirem que estou grávida de um lobisomem? — perguntei, apreensiva.
— Faremos tudo para garantir que isso não aconteça. Meus pais não podem descobrir sobre o mundo sobrenatural, Amélia. Seria perigoso demais para eles e para todos nós — respondeu Jake. A seriedade em seu tom era inconfundível.
— E Magnos? Ele concordou com essa visita, assim tão facilmente? — perguntei, tentando entender toda a situação e achando estranho essa boa vontade do meu marido com um casal de humanos.
— Sim, ele concordou. Será apenas por alguns dias. Eu, você, Cecília e Magnos vamos para Salem. Meus pais precisam acreditar que estamos levando uma vida normal. Depois que eles nos virem e se acalmarem, tudo voltará ao normal — explicou Jake. Cecília apertou minha mão, tentando me tranquilizar.
— Amélia, sei que é uma situação complicada, mas todos estaremos juntos. E faremos o possível para proteger você e os bebês — disse Cecília, com um sorriso encorajador. Respirei fundo, tentando me acalmar.
— Estou achando que esse povo está escondendo algo de nós. — Disse Ravina em minha mente.
Cecília nos levou até o laboratório de pesquisa da alcateia, um lugar que eu ainda não conhecia. Ao entrarmos, fiquei impressionada com o ambiente. Era um espaço completamente modernizado, com paredes de vidro e aço inoxidável, iluminado por luzes LED embutidas no teto. O ambiente era esterilizado, impecável, com equipamentos de última geração dispostos em bancadas de trabalho que pareciam saídas de um filme futurista. Monitores de alta definição exibiam dados e gráficos complexos, enquanto telas de toque permitiam que os cientistas interagissem com as informações em tempo real.
Assim que entramos, todos os olhos se voltaram para nós, eles devem ter sentido que não somos lobos, mas humanos. A reação dos cientistas foi imediata. Eles começaram a murmurar entre si, claramente encantados com minha presença. Alguns pareciam incrédulos, como se não acreditassem que eu realmente estivesse ali.
— Senhora Carter, é um prazer finalmente conhecê-la pessoalmente! — exclamou um dos cientistas, aproximando-se com um sorriso entusiasmado. Ele parecia estar se segurando para não demonstrar mais emoção do que o apropriado.
Antes que eu pudesse responder, um homem alto com cabelos grisalhos e um jaleco branco surgiu, caminhando rapidamente em nossa direção. Ele tinha um brilho nos olhos que mostrava tanto sua paixão pelo trabalho quanto a empolgação pelo momento.
— Doutor Ethan Harper, cientista-chefe do laboratório — disse ele, estendendo a mão. — É uma honra tê-la aqui, Amélia. Todos somos grandes admiradores do que você representa para nossa comunidade. Apertei sua mão, sentindo a sinceridade em suas palavras. Ao meu lado, Jake estava visivelmente animado, absorvendo a energia positiva ao nosso redor.
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