POV MAGNOS.
Quando vi Amélia esbofetando a cara de Valéria, fiquei surpreso com a sua coragem. Não esperava que minha esposa tivesse essa atitude. Gostei muito da sua fúria. Me senti admirado e orgulhoso. E também preocupado com Amélia caso Valéria revidasse.
— Eu mataria aquela vadia antes que ela conseguisse mexer as mãos. — Disse Cosmo, irritado só em pensar em Valéria atacando nossa esposa.
— Amélia se arriscou muito batendo na rainha das fadas. — Comentei.
— É culpa sua nossa Amélia estar se arriscando. Mas é ótimo ver Valéria apanhando. — Disse Cosmo, rindo.
— Sim, e ouvi-la nos chamando de seu, foi uma grande satisfação. Ela está brigando por nossa causa. — Comentei, feliz.
— Amélia parece uma loba possessiva e raivosa quando outra fêmea se aproxima do seu macho. Fico excitado só de ouvir ela dizer “meu macho”. Quero ouvi-la me chamar de meu na hora do sexo. — Falou Cosmo, todo animado. Lobo folgado.
Parei de conversar com Cosmo assim que Amélia empurrou Valéria para longe. Eu estava ansioso para abraçá-la e ter certeza de que ela estava bem. Perguntei se ela estava bem, mas Amélia me lançou um olhar frio e passou por mim sem me responder.
— Faça alguma coisa, Magnos. Amélia está visivelmente chateada conosco. — Disse Cosmo, nervoso pela maneira como Amélia nos olhou. Chamei Amélia, mas ela continuou andando em direção à saída.
— Ela estava me ignorando? — Me perguntei, incrédulo. Ela não pode me ignorar.
— Eu também faria o mesmo se eu fosse ela. — Disse Cosmo, irritado.
— Você está do lado de quem? Meu ou da Amélia? — Perguntei.
— Ora, é lógico que estou do lado da minha esposa. Eu não sou burro de ficar contra Amélia. — Disse aquele traidor do Cosmo.
— E pare de perder tempo e vá atrás da nossa esposa. — Ordenou Cosmo. Olhei para a direção que Amélia havia ido. Fui em direção à saída atrás da minha esposa. Antes de sair, ainda presenciei os seguranças de Valéria a ajudando a levantar do chão.
Eu não iria perder meu tempo com Valéria; aquela infeliz armou para mim e depois cuidarei dela. Agora preciso acalmar a mãe dos meus filhotes. Apressei meu passo e logo estava do lado de fora do hotel. Amélia estava perto do carro, pronta para entrar nele.
— Fique assim mesmo, Amélia vai ficar desconcertada com nossa nudez e talvez amoleça seu coração. Você sabe como ela fica quando nos vê sem roupa? Usaremos as armas que temos para reverter essa situação. — Aconselhou. Cosmo.
Minutos depois, ouvi o som do carro de Cecília se aproximando. Meu coração disparou novamente. Não demorou, para a porta da frente se abriu com um rangido, e Amélia entrou, ela ficou surpresa em me ver. Me olhou com intensidade assim que me levantei e ela notou minha nudez. Percebi um rubor no rosto de Amélia. Comemorei por ter afetado-a, mas minha comemoração não durou muito. Amélia me ignorou completamente, indo direto para o quarto. Eu sabia que tinha que agir rápido.
— Amélia, precisamos conversar. — Disse, seguindo-a pela escada e depois pelo corredor em direção ao nosso quarto.
— Não quero falar com você agora, Magnos. Primeiro, vá se vestir, já falei que não quero você andando por aí sem roupa. — Respondeu ela, a voz fria como gelo. Ela tentou fechar a porta do quarto, mas eu a impedi, segurando a maçaneta.
— Para isso, preciso entrar no quarto. Por favor, só me escute. — Pedi, fingindo que minha voz tremia um pouco, como disse Cosmo, tenho que usar as armas que tenho.
— Sinto muito por tudo. Sei que você está chateada, mas preciso te explicar que não tive culpa. Valéria me beijou, eu não estava esperando. E quando reagi, já era tarde. Você chegou e presenciou. — Expliquei cauteloso. Ela me olhou e não tentou fechar a porta novamente. Amélia se virou, me dando as costas. Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim, tentando manter a calma.
— Não precisa se explicar, eu sei que aquela vadia armou para que nós brigássemos. Magnos, Magnos… Como você pode cair num truque tão barato desse? — Falou Amélia se virando na minha direção com um sorriso de deboche. Fiquei sem reação diante da mudança de humor dessa mulher.
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