GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 170

POV AMÉLIA.

Agarrei os cabelos de Valéria com força, sentindo-os deslizar entre meus dedos. Meu sangue fervia de raiva, e meu coração batia tão forte que eu podia ouvir o som pulsante nos meus ouvidos. Com um puxão brusco, arrastei-a para fora da mesa, ignorando os olhares chocados ao redor. Eu sabia que essa raiva toda não era somente minha.

— Vamos ensinar essa vadia a não beijar nosso marido — disse Ravina raivosa em minha mente.

— Ela precisa saber que não pode tocar no que é meu — disse, continuando a dar minha lição.

Valéria, atordoada, não reagiu. Olhou para mim com olhos arregalados, incrédula. Ninguém nunca ousou tocá-la dessa forma antes. Agora, aqui estava eu, uma simples humana, ensinando-lhe uma lição.

— Como ousa tocar no meu macho? — perguntei, minha voz ecoando pelo restaurante enquanto a fúria me dominava.

Sem esperar resposta, dei um tapa forte em seu rosto, o som ecoando pelo ambiente. O impacto fez seu rosto virar bruscamente, mas ela não reagiu. Seus olhos estavam vidrados, ainda em choque.

— Isso é para você aprender a nunca mais tocar no que é meu! — falei, minha voz tremendo de raiva. Dei outro tapa no outro lado do rosto, vendo a marca vermelha se formar. Valéria continuava imóvel, incapaz de acreditar no que estava acontecendo. Sua imobilidade só me incentivou.

— E isso é para você lembrar quem eu sou! — acrescentei, puxando seus cabelos novamente, forçando-a a olhar para mim. — Você não é intocável, Valéria. Pode ser poderosa, mas sou a esposa humana do alfa desta alcateia, e você aprenderá a me respeitar!

Soltei seus cabelos com um empurrão, fazendo-a cambalear. Ofegante, olhei ao redor e vi os rostos paralisados de choque. Magnos, Cecília, Jake, os seguranças de Valéria, todos estavam imóveis, incapazes de processar o ocorrido.

Valéria ainda estava no chão, seu rosto uma mistura de choque e dor. Olhou para mim, seus olhos brilhando com uma emoção que eu não consegui decifrar. Pela primeira vez, ela parecia vulnerável. Por um instante, tive compaixão por ela ali tão vulnerável.

— Nunca mais ouse tocar no meu macho — sussurrei, firme.

Ela assentiu lentamente, ainda processando o ocorrido. Eu me virei e caminhei em direção a Magnos, sentindo seu olhar preocupado. Finalmente, ele quebrou o silêncio, dando um passo à frente, sua expressão uma mistura de preocupação e admiração.

— Amélia, você está bem? — perguntou ele, sua voz baixa e cautelosa. Não respondi, tentando controlar minha respiração. Olhei para Magnos com frieza e comecei a andar, passando por ele em direção à saída. Magnos começou a me chamar, mas o ignorei.

— Amélia, precisamos conversar — disse Magnos impaciente. Ele não está acostumado a ouvir um não.

— Sim, concordo. Mas faremos isso em casa, não no meio da rua e com curiosos em volta — falei e olhei em volta. Magnos olhou ao redor e havia vários lobos curiosos assistindo nossa conversa. Magnos rosnou alto e ordenou:

— Sumam daqui. Vocês não têm mais nada a fazer. Se esse for o caso, dobrarei as tarefas de cada um de vocês. Agora, desapareçam da minha frente! — ordenou Magnos, irritado. Todos saíram praticamente correndo, restando apenas eu e meu marido. Cecília e Jake já estavam no carro me esperando.

— Nos vemos em casa. Então poderemos conversar — falei e entrei no carro. Cecília ligou o carro e começou a dirigir. Olhei para o espelho retrovisor e Magnos permanecia parado olhando nosso carro se distanciar. Respirei fundo e soltei o ar.

— Espero que aquela rainha deixe esse assunto morrer e não venha querendo vingança. Pois, se vier, dessa vez, raspo a cabeça dela, após lhe dar outros t***s — pensei mentalmente.

— Ela não fará isso porque não pode te ferir, esqueceu? E também acho que Valéria ficou tão chocada com sua atitude que não tentará mais nada. Ela apanhou de uma humana fraca, não quererá que esse assunto chegue ao público. Não será bom para a reputação dela. Creio que ela já deve ter usado pó de esquecimento nos seguranças dela para não poderem comentar sobre o ocorrido. Quanto aos funcionários do restaurante e do hotel, não ousarão falar nada — disse Ravina.

— Um dia você vai me contar como sabe de todas essas coisas — falei com Ravina.

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