POV MAGNOS.
Quando cheguei ao hotel, Ivan me esperava em frente a ele. Antes de sair do carro, abri uma caixinha de veludo preto e tirei uma das alianças de dentro, colocando-a no meu dedo. Estou casado, então tenho que usar uma aliança que prove isso.
Colocarei mais tarde a outra aliança no dedo de Amélia. Sei que isso é um hábito humano, e que lobos não usam aliança. Mas Amélia é uma humana, então é justo seguir algumas convenções humanas, já que ela está seguindo as da alcateia. E essas alianças provaram nosso compromisso ao Conselho. Saí do meu carro e caminhei até Ivan, que se curvou e me cumprimentou.
— Alfa. — Falou Ivan.
— Onde eles estão agora? — Perguntei, referindo-me aos conselheiros e suas escoltas.
— Estão quase aqui. Exatamente a dois quarteirões daqui. — Respondeu.
— Os carros foram escaneados? — Perguntei.
— Sim, Alfa. Todos os carros foram escaneados e revistados. Não encontramos nada anormal. — Comentou Ivan.
— E os convidados, como reagiram quando tiveram que passar pelo detector de metal? — Perguntei. Ivan sorriu de lado, sacana. Essa era nova.
— Não gostaram muito, mas não puderam fazer muito além de reclamar. Foi-lhes informado que era ordem do Alfa que qualquer um que entrasse na alcateia fosse revistado e passasse pelo detector de metal. Então, eles pararam de reclamar no mesmo instante. — Comentou Ivan.
— O que aconteceu com o meu beta carrancudo e mal-humorado? — Perguntei mentalmente. Ouvi motores de carros e me virei.
Uma fileira de carros se aproximava. Um por um, foram parando em frente ao hotel. Os seres das escoltas saíram primeiro para verificar o local e ter certeza de que era seguro. Confirmando ser seguro, eles se aproximaram dos carros e as portas de três carros foram abertas.
Rubens estava no primeiro carro e saiu dele sorrindo, caminhando em minha direção. Conrado e sua companheira saíram do segundo carro. Conrado segurou a mão da companheira e a puxou para mais perto de si.
Querendo mantê-la protegida. Os machos acasalados são superprotetores e muito ciumentos com suas companheiras. Pensei em Amélia naquele momento e percebi estar agindo com ela como um companheiro. Resolvi falar com a minha irmã.
— Cecília. — Chamei. Não demorou para ela responder.
— Oi, irmão. — Disse Cecília.
— Onde está Amélia? — Perguntei, sentindo a falta dela.
— Ela e Jake estão em seu escritório lendo os arquivos sobre a doença. Eles estavam bastante empolgados com a leitura quando fui dar uma olhada. — Respondeu Cecília.
Eu não gostava de Jake e nem da sua aproximação com Amélia. Me sentia ameaçado, já que Jake não era irmão de sangue de Amélia, mas de coração. Então ele era como qualquer outro macho. E minha possessividade aumentava quando ele estava com Amélia.
— Vá até lá e avise-a para se arrumar, pois irei buscá-la para almoçar comigo e os conselheiros no hotel. — Ordenei a Cecília.
Eu queria que ela fosse até meu escritório para que os dois não ficassem tanto tempo sozinhos. Sei que meu ciúme não tem fundamento, pois Jake e Amélia se gostam como dois irmãos. Mas minha possessividade me fazia ter ciúme de qualquer macho.
— Cuidarei para que isso não aconteça. — Prometi.
— Espero que você consiga cumprir o que prometeu. — Disse Cosmo e se calou. Os três conselheiros se aproximaram de mim e de Ivan. Nós os cumprimentamos.
— Conselheiros. — Falei, e Ivan também cumprimentou logo em seguida.
— Sejam bem-vindos. Mago Rubens, Alfa Conrado e Rainha Valéria. — Falei, dando boas-vindas.
— Alfa Magnos, é um imenso prazer poder estar em sua alcateia. — Cumprimentou Rubens.
— Alfa Magnos, fico feliz em voltar aqui depois de tanto tempo. Quero lhe apresentar minha companheira, Ania. — Apresentou Conrado.
— Seja bem-vinda, Ania, à minha alcateia. — Cumprimentei a companheira de Conrado. Ela parecia ser gentil.
— Obrigada, Alfa Magnos. Sua alcateia é impressionante e magnífica. Nunca havia visto algo assim antes. — Comentou Ania, encantada. Acho que ela dará uma boa amiga para Amélia. Fui tirado de meus pensamentos por um aroma de rosa e uma voz provocadora.
— Alfa Magnos, há quanto tempo não nos encontramos pessoalmente? — Falou Valéria, se aproximando de mim e tocando meu braço com sua mão pequena. Seu cheiro enjoativo de flores estava me dando dor de cabeça. Valéria sorria sedutora para mim.
— Seja bem-vinda, rainha Valéria. — A cumprimentei friamente e sem comentar sobre o que ela havia dito. E tirei sua mão do meu braço. Como sempre, Cosmo estava certo: terei problemas com essa rainha das fadas.
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