POV MAGNOS.
Após conseguir ficar livre da minha irmã, resolvi alguns problemas urgentes. Quando terminei, decidi verificar como Amélia estava. Quando saí do escritório, fui até a cozinha. Assim que entrei, os ômegas que estavam trabalhando lá se curvaram. Notei que eles estavam surpresos por me encontrar na cozinha. Eu nunca precisei colocar meus pés aqui.
— Alfa Magnos. O que precisa? — Perguntou a chefe da cozinha.
— Preciso que preparem uma refeição reforçada para a humana. — Respondi. Percebi que ela queria perguntar algo, mas não tinha coragem.
— Quer dizer algo? — Lhe perguntei mentalmente. Ela se assustou quando ouviu minha voz em sua cabeça.
— Me perdoe Alfa, só queria saber se o senhor gostaria que fizéssemos algo de específico ou deveríamos fazer as comidas que estamos acostumados a fazer para o senhor? — Ela perguntou.
— Faça o de sempre. — Respondi e finalizei nossa conversa mental.
— Todos podem voltar a seus afazeres. — Falei e saí. Caminhei até o quarto de hóspedes ao lado do meu. Quando cheguei perto, ouvi movimentos no quarto. Então ela já acordou, devo preparar minha paciência para lidar com essa humana.
— Com certeza. Lembre que ela está gerando nosso filhote. Devemos cuidar dela, mesmo sendo uma humana insignificante. — Falou Cosmo, invadindo meus pensamentos.
— Ultimamente, você está com o hábito de ficar espionando meus pensamentos. — Falei e Cosmo resmungou.
— Já lhe disse, se não ficasse pensando alto e com os pensamentos desbloqueados, eu não poderia ouvir. E nós não temos segredos e, se o assunto for sobre nosso filhote, tenho todo o direito de ouvir e opinar. — Respondeu Cosmo. Suspirei profundamente. Cosmo estava impaciente e ousado desde que soube que será pai.
— Vamos entrar e enfrentar aquela humana irritante. — Falei e destranquei a porta. Quando ela me viu, ficou com uma expressão nada boa. Ela me ameaçou e me xingou.
— Seu filho de chocadeira. Por que me sequestrou e me trancou aqui? Você, seu infeliz maldito, sabe o perigo que colocou a mim e meu bebe? — Falou ela com aquela voz alta e aguda que me irritava e machucava minha audição. Tive vontade de arrancar a sua cabeça fora, quando a ouvi falando com tanto desrespeito comigo. Mantive-me calmo pelo bem do meu filhote. Preciso disciplinar essa humana teimosa.
— Você está segura e não correu nenhum perigo. — Falei com convicção e me esforcei para não dar muita importância ao que ela falava. Se não, perderia meu controle.
— Segura, você sabia que pode ter prejudicado a saúde do meu filho e a minha? — Perguntou nervosa. Quanto drama, minha deusa, pensei.
— Do que ela está falando? — Perguntou Cosmo, preocupado.
— Também não sei. Não me lembro de ter feito nada que a colocasse em risco. Eu nunca machucaria nosso filhote. Essa humana deve estar louca. — Falei, tentando ficar calmo e acalmar Cosmo.
— Vou te levar agora até o hospital para ver se meu filhote está bem. — Fale e comecei a conduzi-la até a porta. Amélia ficou rígida quando a toquei e mostrou resistência no começo, mas logo se deixou levar por mim. Eu a levei pelo corredor, queria chegar logo ao carro, mas Amélia não estava conseguindo me acompanhar.
— Vai devagar, eu não consigo acompanhar você com essas suas pernas longas. — Reclamou.
Parei e me virei, então a olhei da cabeça aos pés. Amélia é uma bela mulher, mas era baixinha, com apenas um metro e sessenta de altura e muito lenta.
— Me esqueci de que humanos são frágeis. E você tem pernas curtas, então nunca poderá me acompanhar. — Eu disse, criticando suas pernas. Mas isso só a deixou mais irritada.
— Minhas pernas não são curtas. Você que anda rápido demais. — Respondeu revoltada com meu comentário. Percebi que ela se irritava facilmente.
— Pega logo ela nos seus braços, será mais rápido. — Falou Cosmo, impaciente para chegar no hospital e saber se nosso filhote está bem. Suspirei fundo e a peguei nos seus braços. Amélia ficou surpresa e resistiu. Eu não estava contente de tê-la tão próxima de mim.
— O que está fazendo? Me coloque no chão, eu posso andar. — Gritou. Minha cabeça doeu com seu grito no meu ouvido. Tive vontade de matar essa infeliz. Mas me controlei pelo bem do filhote. Encontrarei maneira de punir Amélia de agora em diante, sem prejudicar meu filhote.
— Não grite e fique quieta. Será mais rápido se te carregar. — Fale e andei rápido. Cheguei do lado de fora e a levei até o carro, colocando-a sentada no banco do passageiro e assumindo o lugar do motorista. Liguei o carro e comecei a dirigir.
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