POV AMÉLIA.
Despertei e senti uma forte dor de cabeça, lentamente fui abrindo meus olhos. Senti que estava deitada na cama e estava coberta. Fiquei confusa, pois não me lembrava de ter me deitado para dormir. Quando consegui abrir meus olhos, observei em volta e notei que não estava no meu quarto.
— Esse não é meu quarto. Onde eu estou? — Falei e me sentei na cama. De repente, comecei a lembrar da última memória que eu tinha. Foi então que me desesperei.
— Aquele maluco me sequestrou e ainda me deixou inconsciente. — Constatei e me levantei da cama. Mas foi uma péssima ideia ter levantado depressa, porque senti uma dor ainda mais forte na cabeça.
Aquele infeliz usou clorofórmio em mim. Ele não sabe que essa substância pode causar morte por arritmia cardíaca e insuficiência respiratória? Ele colocou meus filhos em perigo, preciso saber se meus bebês estão bem. Quando encontrar aquele infeliz, acabarei com ele.
Fui até a porta e, quando movi a maçaneta, percebi que a porta estava trancada. É lógico que estaria trancada, ele não facilitaria para mim. Andei pelo quarto e avistei uma mala num canto do quarto.
— Tenho uma mala parecida com essa. — Falei e me aproximei. Quando peguei, percebi que se tratava da minha mala. Não posso acreditar que eles mexeram nas minhas coisas.
Minha raiva por esse homem só aumentava. Resolvi ver para onde ele me trouxe, caminhei até a janela que estava com as cortinas um pouco abertas, deixando entrar um pouco de luz. Quando puxei as cortinas, a luz solar me fez fechar um pouco os olhos. Quando os abri, pude ver um belo jardim e uma floresta ao fundo.
— Parece que estou numa casa no meio da floresta. — Falei desanimada e apavorada. Seria mais difícil escapar pela floresta. O que fazer agora?
Eu abri a janela, eu fui recebida pelo frescor da manhã. Percebi estar no segundo andar, então não daria para fugir pela janela. Nesse momento, senti minha bexiga me incomodar e tive que procurar um banheiro com urgência para me aliviar. Olhei em volta e havia outra porta à minha direita. Caminhei apressada para ela, cada segundo era crucial, a qualquer segundo eu podia molhar minha calça.
Essas consequências da gravidez não eram nada agradável. Minha bexiga toda hora está cheia e tenho que ficar correndo para o banheiro. Após alguns minutos, eu estava tranquila e satisfeita por me aliviar.
Enquanto lavava minhas mãos, me observei no espelho. Eu estava horrível, meu cabelo cacheado e curto estava todo bagunçado. Eu tinha marcas de cansaço debaixo dos meus olhos e meu rosto estava com aparência de amassado.
Lavei meu rosto e minha boca, procurei algo para escovar os dentes. E encontrei uma escova nova e creme dental, fiquei aliviada. Após fazer minha higiene matinal, voltei para o quarto. Preciso manter a calma pelo bem dos meus filhos e descobrir um jeito de sair daqui, onde quer que aqui seja.
— Jake e Maria sentirão minha ausência. E chamarão a polícia, logo vão descobrir onde estou. — Falei esperançosa. Eu não posso me desesperar e perder a esperança.
— Ninguém vem me alimentar? Estou grávida e preciso comer. — Reclamei sozinha. E uma ideia surgiu, quando vierem me alimentar, tentarei fugir. Em algum momento, alguém virá me alimentar. Aquele infeliz diz querer meu filho, então não me deixará passar fome.
Eu ouvi barulho na porta, estavam destrancando-a. Me preparei para colocar meu plano em ação. Mas assim que a pessoa entrou, fui tomada por fúria. E meu plano foi deixado de lado. Aquele maluco estava na minha frente, hoje mato alguém.
— Vou te levar agora até o hospital para ver se meu filhote está bem. — Ele falou e começou a me levar para a porta.
Essa era minha chance de escapar. Quando tivesse no hospital, pediria ajuda e eles chamaram a polícia para prender esse idiota. Só não posso deixar ele saber que meus bebês são um quarteto. Ele me levou por um corredor e caminhava apressado. Eu não estava conseguindo acompanhá-lo.
— Vai devagar, eu não consigo acompanhar você com essas suas pernas longas. — Reclamei e o senhor maluco parou e se virou e me olhou da cabeça aos pés. Me senti incomodada com seu olhar analisador.
— Me esqueci de que humanos são frágeis. E você tem pernas curtas, então nunca poderá me acompanhar. — Ele disse, ofendendo minhas pernas. E que coisa bizarra é essa de me chamar de humana? Ele é o que, um alienígena?
— Minhas pernas não são curtas. Você que anda rápido demais. — Respondi revoltada com seu comentário. Ele suspirou fundo e me pegou nos seus braços. Fui pega de surpresa com seu ato e resisti.
— O que está fazendo? Me coloque no chão, eu posso andar. — Gritei, ele fez uma careta.
— Não grite e fique quieta. Será mais rápido se eu te carregar. — Ele falou rude e com a voz grave. Seu tom era de ordem. Começou a caminhar, ignorando meus protestos. Seus passos eram rápidos. Quando percebi, estava do lado de fora e não pude deixar de suspirar com a bela paisagem que estava vendo.
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