Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 608

Ângela sentia-se um tanto sonolenta dentro do quarto e decidiu tirar um cochilo.

Num estado entre o sono e a vigília, alguém deitou-se ao seu lado. Ela despertou sobressaltada e, ao virar-se, deparou-se com os traços belos e marcantes de Felipe.

Não precisou pensar duas vezes para saber que tinha sido Justina quem lhe abrira a porta.

"Sr. Martins, entrar sorrateiramente em meu quarto não é muito apropriado, não é?"

Ele sorriu maliciosamente, seus lábios finos mostrando sua malícia: "Onde estou me escondendo? Entrei aqui às claras."

Que piada!

Ângela olhou para ele com desdém, sem esconder seu descontentamento: "Se Leila nos pegar aqui, vai ficar com ciúmes de novo."

"Ela que fique com o ciúme dela, e nós com o nosso" - disse Felipe, enquanto sua mão invadia o território sob a camisola dela de forma discreta.

Ela empalideceu, segurando a mão dele com firmeza: "Galeno voltará logo."

"Ele está no quarto do primo brincando, não voltará até a hora do jantar." - Felipe se virou rapidamente, prendendo-a sob seu peso.

Na noite anterior, no topo da montanha, ele mal tinha conseguido dormir, pensando nela a noite toda. Hoje, ela teria que oferecer o consolo que ele desejava.

Satisfeito, o homem retirou-se e deitou-se ao lado dela, entretido em brincar com seus cabelos.

Ângela sentia-se frustrada. Apesar de ainda estar irritada e não querer que ele a tocasse, acabou cedendo aos seus caprichos.

Ela provavelmente havia sido enfeitiçada por sua beleza.

"É melhor não deixar nenhuma marca em meu pescoço, senão quando Leila vir isso, vai ficar louca."

Ele riu maliciosamente: "Relaxe, da próxima vez deixarei marcas onde ninguém possa ver."

"Seu desgraçado" - ela murmurou, lançando-lhe um olhar de desaprovação. Ela suspeitava que ele estava viciado nesse jogo de sedução às escondidas.

Ela definitivamente não queria se tornar seu caso secreto.

"Zito nos seguiu até a ilha?" - ela mudou de assunto calmamente.

Ele se levantou, serviu duas taças de vinho e entregou uma a ela: "Contra os inimigos, temos nossa estratégia; contra a adversidade, temos nossos recursos. Não temos nada a temer. Só precisamos garantir nossa segurança o tempo todo."

"Galeno, eu notei uma coisa: seu irmão também é muito inteligente."

Galeno ergueu as sobrancelhas com um sorriso: "Claro, como ele poderia não ser meu irmão?"

Nilo mostrou o robô de inteligência artificial que havia construído, o Capitão Marz.

Ele falava fluentemente, seguia as pessoas e realizava tarefas simples... parecia o R2D2 de Guerra nas Estrelas.

Quando Galeno viu o Capitão Marz cortando frutas, ficou maravilhado: "Nossa, você já melhorou muito o Capitão Marz".

O desejo de Nilo era se tornar o engenheiro de inteligência artificial mais incrível e criar seu próprio império de IA.

Ramalho apoiou o queixo nas mãos, observando curioso os dois irmãos na tela: "Galeno, você se parece com o Nilo?"

"Somos irmãos, claro que temos uma semelhança" - Galeno respondeu sorrindo: "Você e Zito também se parecem, certo?"

"Sim" - Ramalho assentiu: "Zito, como você, tem de usar uma máscara onde quer que vá."

Quando eu crescer, não precisarei mais. O Zito usava máscara quando era pequeno? Ele também tinha fobia social?" - Galeno perguntou seriamente.