Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 300

Me despedi da minha irmã e deixei o celular cuidadosamente de lado na mesinha, afundando mais na água quente e aromática. O vapor continuava subindo delicadamente ao redor de mim, criando uma atmosfera quase etérea que me fazia sentir como se estivesse flutuando numa nuvem perfumada. Pude ouvir sons abafados vindos da cozinha - Nate provavelmente preparando nossa refeição improvisada, organizando os pratos com aquela atenção aos detalhes que sempre demonstrava.

Os minutos foram passando tranquilamente, marcados apenas pelo som suave da água nos jatos de hidromassagem e o tráfego distante de Londres lá embaixo. Comecei a notar que ele estava demorando mais do que esperado.

Meus planos originais para um banho relaxante eram, na verdade, apenas a primeira parte de uma sequência bem específica que eu havia elaborado mentalmente. A ideia era relaxar na banheira até ele terminar na cozinha, e então fazer algum exercício bem gostoso e íntimo com nossos corpos colados antes de realmente relaxarmos juntos. E estava faltando algo absolutamente essencial nesse meu plano cuidadosamente elaborado: o tal do inglês gostoso que deveria estar se juntando a mim a qualquer momento.

Além disso, a água estava começando a esfriar ligeiramente, perdendo aquela temperatura perfeita que me mantinha completamente relaxada, e eu definitivamente preferia a companhia dele à solidão, por mais relaxante e luxuosa que fosse.

Levantei-me lentamente da banheira, água escorrendo pelo meu corpo enquanto alcançava a toalha macia e absurdamente cara que Nate sempre deixava aquecida no aquecedor de toalhas automático. Envolvi-me rapidamente no roupão de seda que ele mantinha no banheiro especificamente para mim - outro daqueles pequenos gestos atenciosos que mostravam como ele pensava em cada detalhe para me fazer sentir completamente em casa ali.

Caminhei descalça do banheiro em direção ao quarto, sentindo o piso frio de mármore dar lugar ao tapete macio que cobria o chão de madeira encerada do quarto.

Encontrei Nate no quarto, parado próximo à cama king-size, segurando o celular nas mãos como se fosse uma bomba prestes a explodir. Havia algo profundamente perturbador em sua postura que imediatamente ativou todos os meus alarmes internos - os ombros completamente tensos, o rosto visivelmente pálido mesmo na luz dourada do quarto, uma rigidez em todo seu corpo que contrastava drasticamente com o homem relaxado e carinhoso que havia me trazido até ali poucos minutos antes.

— Nate? — chamei suavemente, me aproximando com cautela. — Você está bem?

Ele parecia quase em estado de choque, olhando fixamente para a tela do telefone como se tivesse visto um fantasma ou recebido a pior notícia possível. Por um momento terrível, temi que ele estivesse passando mal fisicamente - um ataque cardíaco, uma notícia devastadora da família, alguma emergência com a empresa.

— Nate, aconteceu alguma coisa? Fala comigo! — Pedi, desesperada.

Nate levantou os olhos lentamente para me encontrar, e vi algo ali que fez meu estômago se contrair numa mistura gelada de apreensão e medo - uma combinação devastadora de culpa profunda, medo genuíno e uma determinação resignada que me assustou mais do que qualquer palavra poderia.

Sem dizer uma única palavra, ele apertou algo na tela do celular com dedos que pareciam tremer ligeiramente.

Quase imediatamente, como um eco sinistro do que quer que tivesse acabado de fazer, ouvi o som familiar da notificação do meu próprio telefone ecoando do banheiro onde havia deixado.

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