Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 299

A água quente da banheira de mármore de Nate era exatamente o que eu precisava depois dos últimos dias intensos. Me deslizei lentamente na água perfumada com óleos essenciais que ele sempre mantinha ali - lavanda e eucalipto que criavam uma combinação perfeita para relaxamento. A banheira era grande o suficiente para duas pessoas, com jatos de hidromassagem estrategicamente posicionados e uma vista deslumbrante da cidade através da janela panorâmica. Um detalhe que sempre me fazia sorrir quando pensava em como ele havia claramente investido no conforto para momentos íntimos.

Recostei a cabeça na borda almofadada e fechei os olhos, permitindo que minha mente finalmente processasse tudo que havia acontecido nos últimos dias. O vapor subia delicadamente ao redor de mim, envolvendo-me numa névoa quente e aromática que parecia apagar todas as tensões acumuladas.

Apesar de Alessandra e todas as suas tentativas calculadas de causar problemas, tudo havia sido surpreendentemente perfeito. O Natal com a família Carter havia sido mais acolhedor do que eu poderia ter imaginado em meus sonhos mais otimistas. Elizabeth me tratou como uma filha desde o primeiro momento, Richard me incluiu em suas histórias e conversas com naturalidade paterna, e Oliver me fez rir com sua personalidade descontraída e genuína.

E mesmo Tori - que inicialmente parecia determinada a não gostar de mim, com seus comentários afiados sobre minha origem e meu "pedigree" - eu achava que havia conseguido dobrar, pelo menos um pouco. Nossa conversa na biblioteca havia revelado uma vulnerabilidade por trás de toda aquela armadura social, e eu sentia que havíamos encontrado um terreno comum, mesmo que frágil.

E mesmo que não tivesse conseguido conquistá-la completamente, eu tinha um plano bem específico em mente.

Alcancei meu celular na mesinha de mármore ao lado da banheira, cuidando para não molhar a tela, e digitei uma mensagem para Zoey:

"Preciso de um favor."

Sabia que minha irmã responderia rapidamente - ela sempre mantinha o celular por perto para emergências com Matteo, e pelo fuso horário ainda era de manhã no Brasil. A resposta veio quase instantaneamente, como sempre acontecia entre nós:

"Se não for dinheiro, pode pedir."

Ri sozinha na banheira, imaginando Zoey provavelmente no sofá da sala gigantesca da mansão dos Bellucci, com Matteo dormindo no colo ou Christian trabalhando no laptop ao lado dela.

"O quêêêê? Você é bilionária agora! Eu tenho o direito de pedir todo o dinheiro do mundo. Reparação histórica por te aturar."

"Tenho ração, força do hábito. Por mais que eu ache que sou eu quem precisa de uma indenização." - respondeu ela, e pude praticamente ouvir sua risada através da mensagem. "Mas você também não está nada mal aí, não é?"

Sorri amplamente, não conseguindo evitar pensar em como nossa vida havia mudado drasticamente nos últimos anos. Era quase surreal quando parava para refletir sobre a transformação completa que nossa família havia passado.

Há apenas dois anos, meus irmãos e eu nos virávamos em empregos ruins e mal pagos para tentar ajudar em casa enquanto as dívidas se acumulavam e consumiam nossa família como um monstro insaciável. Minha mãe trabalhava muito para conseguir uma renda extra, meu pai fazia bicos nos fins de semana além do trabalho regular, e nós três contribuíamos com cada centavo que conseguíamos para manter a casa funcionando e evitar que perdêssemos tudo.

Lembrava das noites em que ficávamos acordados calculando e recalculando as contas, tentando encontrar uma forma de esticar o dinheiro até o final do mês. Isso tudo sem deixar que nossos pais percebessem, já que papai era orgulhoso demais para nos contar a verdade.