Na manhã seguinte, antes de partirmos para a Expovinho, Christian e eu decidimos aproveitar o fato de termos toda a família reunida na propriedade para finalmente compartilhar a notícia sobre o sexo do bebê. Em meio a todos os acontecimentos das últimas semanas, não havíamos conseguido organizar um evento especial para essa revelação, mas tendo todos ali conosco parecia o momento perfeito.
Organizamos um café da manhã especial, mas simples, no grande terraço da mansão que dava vista para os vinhedos. A mesa estava posta com a louça de família, flores frescas do jardim, e no centro, um bolo aparentemente comum, mas que guardava nosso segredo - o recheio seria azul ou rosa, revelando se esperávamos um menino ou uma menina.
Christian e eu já sabíamos, é claro, mas queríamos uma forma simbólica e carinhosa de contar para nossa família.
— Que mistério é esse que vocês estão armando? — perguntou Giuseppe, seus olhos brilhando de curiosidade enquanto observava o bolo suspeito no centro da mesa.
— Paciência, Nonno — disse Christian, tentando esconder o sorriso. — Primeiro vamos tomar café direito.
Mas a tensão da expectativa estava palpável. Anne estava praticamente saltitando na cadeira, Matheus tentava disfarçar sua ansiedade fazendo piadas, meus pais se entreolhavam com sorrisos conspiratórios, e até mesmo Isabella parecia genuinamente interessada.
Bianca, que havia chegado da Europa especialmente para o lançamento da Épure, estava sentada entre Anne e Matheus, e os três haviam começado uma brincadeira divertida sobre quem seria o tio ou tia favorito da criança.
— Obviamente vou ser eu — declarou Anne com convicção absoluta. — Sou a tia materna, tenho precedência histórica.
— Por favor — rebateu Matheus, rindo. — Tio homem é sempre mais divertido. Vou ensinar futebol, videogame, todas as coisas importantes da vida.
— Vocês dois estão enganados — interferiu Bianca com um sorriso maroto. — Tia italiana vem com vantagem cultural. Vou fazer as melhores comidas!
— E eu vou ensinar como escapar das confusões que vocês três vão criar — Marco acrescentou da outra ponta da mesa, provocando risos gerais.
Giuseppe estava claramente mal se contendo, mexendo constantemente as mãos e olhando para o bolo como se pudesse descobrir o segredo apenas pela concentração.
— Questo suspense mi sta uccidendo — murmurou em italiano. — Esta expectativa está me matando.
— Giuseppe — riu minha mãe —, você está mais ansioso que os próprios pais.
— É meu primeiro pronipote! — Giuseppe respondeu dramaticamente.
Meu pai estava quieto, mas eu podia ver a emoção contida em seus olhos. Ele sempre havia sido mais reservado nas demonstrações de carinho, mas sabia que estava profundamente feliz pela expectativa de ser avô.
Depois que todos comeram frutas, pães, queijos e tomaram café, Christian se levantou e pegou minha mão.
— Bom — disse, sua voz carregada de felicidade mal contida —, chegou a hora de descobrirmos se este bebê vai ser mais um Bellucci teimoso ou uma Bellucci teimosa.
— Como se houvesse diferença — Giuseppe comentou, provocando mais risos.
Christian pegou a faca do bolo e a colocou em minha mão, cobrindo com a dele.
— Juntos? — perguntou.
— Juntos — concordei.
Cortamos o bolo lentamente, todos ao redor da mesa se inclinando para frente na expectativa. Quando a fatia se soltou, revelando um recheio azul vibrante, a mesa literalmente explodiu em palmas, gritos de alegria e exclamações emocionadas.
— É um menino! — Giuseppe gritou, se levantando da cadeira com mais energia do que havia demonstrado desde a cirurgia.
— Matteo Giuseppe Bellucci — Christian anunciou, emocionado.
Anne se levantou imediatamente e veio me abraçar, com lágrimas nos olhos.
— Eu sabia! — disse, beijando minha bochecha. — Eu tinha certeza de que seria um menino!
Isabella, que havia ficado mais quieta durante toda a celebração, se aproximou de nós com uma expressão que raramente via - genuinamente tocada.
— Parabéns — disse simplesmente, mas havia uma sinceridade real em sua voz. — Matteo terá sorte de ter vocês como pais.
Matheus me deu um abraço apertado e sussurrou no meu ouvido:
— Eu sei que o nome foi em minha homenagem, mas prometo que não vou deixar Anne saber.
— Acho que você vai precisar providenciar uma menina, então. Para igualar as coisas — brinquei.
— Nem pensar! Mas mal posso esperar para ensinar meu sobrinho a jogar futebol e incomodar as meninas.
— Você está falando de um bebê — ri.
— Nunca é cedo demais para começar — ele respondeu seriamente, me fazendo rir ainda mais.
Enquanto a família continuava comemorando, trocando abraços e fazendo planos para o futuro Matteo, senti uma sensação de completude e felicidade que há muito tempo não experimentava. Apesar de todas as turbulências dos últimos meses, ali estávamos - uma família unida, celebrando uma nova vida que estava por vir.
Christian pegou minha mão e a apertou suavemente.
— Matteo vai crescer cercado de tanto amor — disse baixinho, só para eu ouvir.
— E de tanta confusão também — respondi, olhando nossa família barulhenta e animada.
— A melhor parte — Christian sorriu, beijando minha testa. — A melhor parte de todas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...
Antes esse site era grátis agora tem q pagar,decepcionada...