Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 158

Quando Christian voltou para a sala de espera, eu imediatamente percebi que algo havia mudado em sua expressão. Ele parecia mais tenso, mas ao mesmo tempo determinado - como se tivesse recebido informações importantes que o deixaram preocupado e resoluto ao mesmo tempo.

— Está tudo bem? — perguntei assim que ele se sentou ao meu lado, procurando seus olhos azuis em busca de qualquer sinal de que deveria me preocupar.

Christian se inclinou e me deu um beijo suave na testa, suas mãos automaticamente indo para minha barriga em um gesto protetor que havia se tornado natural.

— Está sim — respondeu, sua voz calma e tranquilizadora. — Marco só conseguiu mais provas concretas do que já sabíamos sobre Elise e Francesca. Nada de novo, apenas confirmação. Logo as coisas vão se resolver definitivamente.

Senti um alívio genuíno percorrer meu corpo. Nas últimas semanas, havia me esforçado tanto para manter a calma e evitar estresse que às vezes sentia como se estivesse caminhando em ovos, tentando equilibrar minha preocupação natural com a necessidade de proteger meu bebê.

— Não vejo a hora — disse, colocando minha mão sobre a dele em minha barriga. — Logo vamos ter muito para comemorar. A recuperação do Giuseppe, o lançamento da Épure, o fim dessa história toda com Elise... e em poucos meses, nosso bebê chegando.

Christian sorriu, e desta vez foi um sorriso genuíno que alcançou seus olhos.

— Vai ser um período incrível — concordou, beijando suavemente minha bochecha. — Giuseppe vai adorar ajudar com os preparativos para o bebê quando estiver recuperado.

As horas seguintes passaram em uma espécie de apreensão controlada. Conversávamos sobre assuntos triviais, tentávamos nos distrair com revistas e programas de televisão da sala, mas todos mantínhamos um olho no relógio e outro na porta, esperando por notícias da cirurgia.

Christian se mostrava mais relaxado depois da conversa com Marco, embora eu pudesse perceber que ainda havia algo em sua mente. Ele me mantinha sempre por perto, com uma mão em minha barriga ou segurando minha mão, como se meu toque o tranquilizasse tanto quanto o dele me tranquilizava.

Por volta das cinco e meia da tarde, uma enfermeira apareceu na porta com uma expressão que imediatamente fez todos nós nos endireitarmos nas cadeiras.

— Família Bellucci? — ela perguntou, e seu sorriso radiante disse tudo antes mesmo que ela falasse. — A cirurgia foi um completo sucesso.

O alívio que varreu a sala foi quase palpável. Christian fechou os olhos e suspirou profundamente, como se tivesse estado prendendo a respiração por horas. Marco se levantou da cadeira e deu um punho no ar, Isabella até deixou escapar um pequeno sorriso, e Lorenzo fechou o laptop que estava usando para trabalhar.

— O Dr. Carvalho gostaria de falar com vocês em alguns minutos — a enfermeira continuou. — E o Sr. Giuseppe já está acordando na recuperação. Daqui a pouco poderão vê-lo.

Quando o Dr. Carvalho apareceu vinte minutos depois, ainda vestindo a roupa de cirurgia, seu sorriso confiante confirmou o que a enfermeira havia nos dito.

— A cirurgia foi perfeita — disse, se dirigindo principalmente a Christian. — O coração do Sr. Giuseppe respondeu excepcionalmente bem ao procedimento. Para um homem de oitenta e três anos, ele tem uma força cardiovascular impressionante.

— Quando poderemos vê-lo? — perguntei, minha voz saindo mais ansiosa do que pretendia.

— Agora mesmo, se quiserem — Dr. Carvalho respondeu. — Ele está acordado, orientado, e já está perguntando pela família. Na verdade, as primeiras palavras dele quando acordou foram perguntando se a ‘nipote e o pronipote’ estão bem, já que não podem se estressar — ele sorriu, olhando para minha barriga.

Christian riu, balançando a cabeça com carinho.

— Esse é o nonno. Sempre pensando nos outros primeiro.

Nos dirigimos em grupo para o quarto de recuperação, mas Dr. Carvalho nos alertou que Giuseppe ainda estava fraco e que deveríamos manter a visita breve e tranquila.

Quando entramos no quarto, Giuseppe estava recostado na cama, com vários monitores ao redor, mas seus olhos estavam brilhantes e alertas. Apesar da palidez e dos tubos, ele conseguiu esboçar um sorriso quando nos viu entrar.

— Eccoli! — disse, sua voz rouca mas carregada de alegria. — Minha família linda.

— Eh, figlio — Giuseppe respondeu, pegando a mão de Lorenzo. — Mas estou aqui. Não vou a lugar nenhum tão cedo.

Giuseppe olhou ao redor do quarto, observando todos nós reunidos, e seu sorriso se tornou ainda mais radiante.

— Sabem o que estou pensando? — disse, sua voz ainda fraca mas cheia de alegria. — Estou pensando que este bambino — ele tocou minha barriga novamente — vai nascer em uma família muito sortuda. Vai ter bisnonno, nonno, papai, zii... uma famiglia completa.

— E vai crescer ouvindo suas histórias sobre a Itália e os vinhedos — acrescentei, sentindo lágrimas de alívio e felicidade.

— Zoey, minha querida — disse, segurando minha mão com uma força surpreendente para alguém que havia acabado de sair de uma cirurgia cardíaca. — Eu havia prometido que conseguiria conhecer meu pronipote, lembra?

— Lembro — respondi, minha voz embargada de emoção.

— Bene! — ele disse, seus olhos brilhando com humor. — Missão cumprida! Agora só falta ensinar este pequenino a fazer vinho antes que ele complete um ano de idade. Aos dois anos, ele já vai estar ajudando nas vindimas!

Todos nós começamos a rir, o som preenchendo o quarto e dissipando toda a tensão e medo que havíamos carregado durante o dia.

— Giuseppe — disse Christian, ainda rindo — você não pode ensinar um bebê de um ano a fazer vinho.

— Porque não? — Giuseppe respondeu com total seriedade, mas com um brilho maroto nos olhos. — Na minha época, as crianças já nasciam entendendo de uva! E além disso — ele fez uma pausa dramática — alguém precisa garantir que este bambino tenha o palato refinado necessário para ser um verdadeiro Bellucci. Não posso deixar isso para vocês jovens que acham que vinho bom é aquele que vem em garrafa bonita!

A risada que ecoou pelo quarto foi genuína e libertadora, um som de família reunida, de amor, de esperança renovada, e da certeza de que Giuseppe Bellucci estava de volta - mais forte e determinado que nunca.

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