Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 146

A reação de Giuseppe à notícia de que seria bisavô foi tudo que eu poderia ter esperado e muito mais. Por um momento, ele ficou completamente imóvel, como se precisasse processar as palavras que Christian havia dito. Então, lentamente, seus olhos se encheram de lágrimas enquanto um sorriso radiante se espalhava por seu rosto enrugado.

— Un bambino — sussurrou, sua voz tremula de emoção. — Um bebê... na família... depois de tantos anos...

E então ele explodiu em pura alegria. Se levantou da cadeira com agilidade e nos puxou para um abraço apertado que durou vários minutos, e começou a falar numa mistura rápida de português e italiano sobre como havia sonhado com esse momento desde que Christian se casou.

— Questa è la notizia più bella della mia vita! — exclamou, beijando minha testa repetidamente. — O bebê da família! Finalmente, finalmente!

O jantar se transformou numa celebração improvisada. Giuseppe insistiu em abrir uma garrafa do vinho mais especial da adega para ele e Christian brindarem, enquanto eu levantei minha taça com água com gás. Ele não parava de fazer perguntas - quando nasceria, se já sabíamos o sexo, se eu estava me sentindo bem, se queríamos que ele chamasse os melhores médicos do país.

— Nonno — Christian riu em certo momento —, respire. Ainda temos cinco meses pela frente.

— Cinco meses! — Giuseppe bateu a mão na mesa. — Temos tanto para preparar! O quarto do bebê, a decoração, precisamos reformar aquele cômodo ao lado do quarto principal, e...

Era impossível não se emocionar com tanto entusiasmo. Ver a felicidade genuína estampada no rosto de Giuseppe me fez sentir que tomar a decisão de vir para a Serra Gaúcha tinha sido absolutamente correta.

Agora, algumas horas depois, eu estava me preparando. Christian havia descido para seu escritório para lidar com alguns e-mails urgentes da empresa, me deixando sozinha para processar todos os eventos do dia.

Estava trocando de roupa quando ouvi uma batida suave na porta.

— Entre — chamei, pensando que fosse Christian.

Para minha surpresa, Giuseppe apareceu na porta, carregando algo envolvido em papel de seda branco.

— Desculpe incomodar, mia cara — disse timidamente. — Sei que você deve estar cansada depois de um dia tão longo, mas trouxe algo que queria que você visse.

— Claro, Nonno — respondi, me sentando na cama e fazendo um gesto para que ele se juntasse a mim. — O que é?

Giuseppe se aproximou devagar, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto desembrulhava cuidadosamente o que estava carregando. Quando o papel caiu, revelou o cobertorzinho mais delicado que eu já havia visto - uma manta de lã amarelo-claro com bordados intrincados nas bordas, claramente feita à mão com um carinho imenso.

— Este — disse ele, sua voz carregada de emoção — foi o primeiro cobertorzinho de Christian. Minha esposa, Sofia, fez para ele antes mesmo de nascer. Cada ponto foi bordado com amor enquanto esperávamos sua chegada.

Peguei a manta delicadamente, sentindo a maciez incrível da lã e observando os detalhes minuciosos dos bordados. Havia pequenas uvas entrelaçadas com folhas de parreira, e no canto, bordado em fio dourado, estava o nome "Bellucci" em letras cursivas elegantes.

— Giuseppe, é lindo — sussurrei, meus olhos se enchendo de lágrimas. — Absolutamente lindo.

— Quero que seja do meu pronipote também — disse ele, se sentando ao meu lado na cama.

— Muito obrigada — respondi, verdadeiramente emocionada. — Conte-me sobre quando Christian nasceu — pedi, ainda acariciando a manta.

Giuseppe sorriu, seus olhos ganhando um brilho distante de quem estava revivendo memórias preciosas.

— Ah, que momento! — começou, suas mãos gesticulando animadamente. — Isabella ligou às cinco da manhã dizendo que estava em trabalho de parto. Sofia e eu corremos para o hospital como loucos. Ficamos na sala de espera por horas, eu andando de um lado para o outro como um leão enjaulado.

Ele pausou, rindo baixinho da lembrança.

— Bem, você conhece Christian. Quando ele ama, ama com tudo que tem. Mesmo criança, era assim.

Abracei o cobertorzinho contra meu peito, sentindo como se estivesse segurando um pedaço da história da família que agora também era minha.

— Obrigada por compartilhar isso comigo, Nonno — disse, minha voz embargada. — Por me fazer sentir parte de tudo isso.

— Você é parte de tudo isso, minha querida — ele respondeu, acariciando meu cabelo suavemente. — Você e este bebê são o futuro da nossa família. A continuação de uma história que começou há gerações.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, apenas apreciando a importância do momento.

— Só espero — disse Giuseppe finalmente, sua voz ficando mais fraca — que eu ainda esteja aqui para ver meu pronipote nascer. Para poder envolvê-lo neste mesmo cobertorzinho, contar a ele sobre nossa história...

— Claro que você vai estar aqui — disse imediatamente, segurando sua mão. — Não diga uma coisa dessas.

— Zoey — ele disse suavemente. — Meu coração... você sabe que não está bem. Os médicos têm falado sobre a cirurgia...

— Não pode mais negligenciar isso — interrompi firmemente. — Giuseppe, você tem que fazer essa cirurgia.

Ele me olhou por um longo momento, então assentiu lentamente.

— Então vamos marcar logo — disse, sua voz ganhando determinação. — Se é pelo meu pronipote, vamos marcar logo.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário