Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 64

"Volte a perguntar."

Ele caminhou até o banheiro, e não demorou para que o som da água fosse ouvido.

Ariela lutava para se sentar na cama, seu humor demorava a se acalmar.

Leandro havia sido salvo por Vitorino depois de três anos, não havia razão para ele mentir para ela.

Mas por que, com a família Sampaio já tão rica, seu pai ainda era tão ganancioso a ponto de quase destruir a casa?

A realidade atingiu Ariela como um golpe surdo na cabeça.

Será que seu retorno ao lado de Vitorino também poderia ser considerado uma forma de ganância?

Vitorino saiu do chuveiro, atendeu a uma ligação telefônica e foi embora.

A mente de Ariela foi inundada com o assunto da acusação contra Leandro por liquidar ações.

Ela sempre acreditou na inocência de seu pai, até hoje.

"Senhora, a senhora vai sair?"

Já era tarde quando Ariela, vestindo roupas leves sob um sobretudo, pediu ao motorista que a levasse ao hospital.

Juliana a viu saindo e perguntou se ela estava saindo.

"Sim, voltarei à noite."

Ela sabia que Juliana contaria a Vitorino.

Ela também sabia que Vitorino não iria mais vigiá-la ou controlá-la.

Ele tinha o destino da família Sampaio em suas mãos; ela não iria embora.

Ariela entrou no carro e Catarina ficou surpresa ao vê-la no hospital tão tarde.

"Ariela, eu não lhe disse que seu pai está bem?"

Catarina não havia recebido sua ligação e, olhando em volta, Vitorino também não estava lá.

Será que o casal ainda estava se desentendendo até agora?

"Meu pai acordou?"

Ao chegar ao hospital, Ariela se arrependeu.

Por que ela estava tão ansiosa em buscar explicações a um paciente?

"Ele acordou, eu acabei de alimentá-lo com uma tigela de mingau. Vá vê-lo."

Catarina estava feliz, sempre dizia que sua filha era competente diante de Leandro, e que as despesas médicas foram todas pagas por ela, sem gastar o dinheiro da família.

O sorriso no rosto de Catarina desapareceu rapidamente.

"Onde você ouviu isso? Não é verdade."

Ariela não era boba; só pelo breve momento de hesitação de Catarina, ela podia adivinhar a verdade das palavras de Vitorino.

Catarina falou evasivamente, e o coração de Ariela ficou frio.

"Paa…"

Um som veio de dentro, algo havia caído no chão, Catarina virou-se e entrou no quarto.

Ariela seguiu, uma xícara de porcelana havia caído ao lado da cama, espalhando café pelo chão.

Leandro fixou seus olhos, vermelhos e intensos, em Ariela.

"Leandro, o que foi? Se você precisar de algo, eu posso te ajudar."

Catarina tentou apertar o botão para chamar alguém para limpar, mas Leandro a repreendeu com um olhar, mantendo sua atenção em Ariela.

"O que você acabou de perguntar para sua mãe? Pergunte de novo."

Leandro estava doente, não morto, e a porta do quarto estava apenas encostada; ele ouviu claramente o que estavam dizendo lá fora.

"Ariela e eu estávamos apenas conversando à vondade, não dissemos nada demais, por que você está com raiva?"

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