Vitorino, ainda jovem, já possuía um patrimônio de bilhões e, mesmo casado secretamente, tornara-se o solteiro mais cobiçado.
Ele nunca gastava seu tempo com mulheres, pois sabia que, se quisesse, inúmeras mulheres disputariam a chance de estar em sua cama.
Conquistar Ariela foi motivo de satisfação para ele.
Pelo menos essa mulher tinha um corpo escultural e uma flexibilidade encantadora, além de ser obediente.
Na cama, ela sempre conseguia satisfazê-lo, permitindo que ele pudesse triunfar nos negócios durante o dia após aliviar sua solidão noturna.
Nos três anos em que esteve com Ariela, Vitorino elevou o Grupo Machado a um novo patamar, adquirindo dezenas de empresas e acumulando incontáveis lojas de marca. O faturamento da empresa cresceu exponencialmente a cada ano.
Ele detestava quando as mulheres perguntavam sobre amor.
Não tinha tempo para essas trivialidades.
"Você gosta de Elodie, mas como não pode ficar com ela, você me usa, Vitorino. Eu também sou uma ser humana, você já pensou nos meus sentimentos?"
Ela sempre soube da existência dessa outra mulher.
Era um engano dela pensar que algum sentimento pudesse surgir após compartilharem tantas noites juntos.
Todas as vezes que ele a levava ao limite na cama, ela sentia uma alegria íntima.
Para muitos homens, a expressão do amor dependia da intensidade da intimidade.
Ela pensou que todas aquelas variações significavam que ele a amava.
Mas era apenas a satisfação de um desejo básico.
Ele usou o filho que ela esperava como moeda de troca com Amaro para ter Elodie por perto.
Como ela poderia ainda imaginar que ele nutria algum sentimento por ela?
"Vou dormir no escritório."
Vitorino levantou-se e saiu batendo a porta.
O calor do amor ainda permanecia na cama vazia.
Mas o coração de Ariela estava congelado em pedaços.
Ariela estava exausta, sua insatisfação há muito reprimida explodiu como um vulcão incontrolável.
A criança em seu ventre crescia, aconchegando-a para dormir.
Quando ela acordou novamente, a tela do celular brilhou.
"Estou de volta, vamos tomar algo?"
Sem querer, seu pé chutou algo que voou para longe.
A empregada, subindo as escadas naquele momento, abaixou-se para pegar uma caixa de veludo vermelha.
"Senhora acordou. O senhor saiu bem cedo."
Ariela pegou a caixa e a abriu, encontrando uma caríssima gargantilha de diamantes.
Era um presente, e havia até uma segunda cópia.
Era raro que ela recebesse algo que Elodie também tinha.
Seria que Vitorino estava tentando equilibrar sua posição com a de Elodie?
Ela segurou a caixa com expressão vazia e a jogou na lixeira.
Um carinho tardio era pior que desprezo, até porque aquilo não era amor.
Era uma tentativa de suborno, uma esmola para que ela vendesse a si mesma e ao seu filho.
Ariela olhou para a empregada.
"Não vou tomar café da manhã, tenho que sair."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...