Vitorino e Elodie estavam sob o céu branco de neve, envoltos pelo espetáculo dos fogos de artifício, como se fossem um par perfeito.
Ela testemunhou o homem que mais amava, legalmente seu marido, celebrando ostensivamente o aniversário de sua amante na rua.
Entre a multidão, Vitorino lançou um olhar fugaz para o rosto dela, que estava começando a ficar arroxeado de frio, e pessoalmente envolveu Elodie em um casaco.
"Olha, aquela parece ser a namorada do Renato, a Sra. Sampaio." - Elodie avistou Ariela.
"Por que ela está sozinha aqui a esta hora? Que tal oferecermos uma carona?"
O olhar de Vitorino para Ariela parecia distante: "A Sra. Sampaio, estando aqui fora tão tarde, provavelmente tem um namorado. Alguém vai levá-la para casa, não precisamos nos preocupar."
Vitorino tinha saído com Ariela bem diante dos olhos de Elodie, fazendo-a suspeitar por um momento se ele estava interessado nela.
Agora, Elodie estava satisfeita com a resposta de Vitorino, reconhecendo que apenas um belo rosto nunca seria suficiente para uma mulher.
Elodie sentia pena dela, tendo ouvido que Renato havia partido, destacado por cinco anos.
Vitorino ignorou Ariela; ele havia instruído a empregada a dizer que ela não deveria sair de casa à noite.
No entanto, lá estava ela, perto do hotel, já quase de madrugada.
O avião de Renato para o Canadá ainda estava no ar, e por quem Ariela estava procurando?
Ariela passou por eles, indo diretamente para a parada de ônibus, vendo claramente Vitorino e Elodie aconchegados juntos entrando no mesmo veículo, deixando-a para trás.
Ela tremia levemente e as lágrimas caíram enquanto a luz do poste esticava sua sombra inclinada, deixando-a sozinha na fria neve.
Ela abraçou seus braços, pensando na compaixão nos olhos de Elodie, e seu coração esfriou ainda mais.
O casamento pelo qual ela estava tão entusiasmada finalmente se desfez em três anos de unilaterais esperanças.
Vinte minutos depois, Ariela ainda estava parada no mesmo lugar, coberta de neve, quase se tornando uma estátua de gelor.
Um grande carro preto parou firmemente diante dela, a janela abaixada revelou vagamente o rosto de Vitorino sob a luz do poste.
"Entre, não quero que a manchete de amanhã seja sobre a Sra. Machado morrendo de frio na estrada."
"Parece que preciso lembrar ao Sr. Machado que você bloqueou todos os meus cartões."
"Então decidiu se prostituir?"
As palavras de Vitorino eram chocantes, fazendo o rosto de Ariela ficar vermelho de raiva.
"Sr. Machado acabou de estar com a namorada comemorando o aniversário dela, e agora se dá ao trabalho de se preocupar comigo. Não tem medo de deixá-la irritada?"
Ela desviou o assunto com desdém, tocando num ponto que ele não queria ouvir.
Vitorino deu uma risada fria.
"Isso não lhe diz respeito."
Cinco palavras que congelaram seu coração, da cabeça aos pés.
Ariela desviou o olhar, enquanto a noite de Cidade de Bela atraía inúmeros turistas, ela não tinha olhos para a paisagem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...