Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 5

O carro grande SUV deslizava suavemente.

Vitorino mantinha a mandíbula tensionada, seu olhar frio e nobre.

O assistente organizava as informações no notebook com eficiência.

"Ligue para Corina."

Vitorino interrompeu o assistente.

A voz do assistente cessou abruptamente, ele ligou para o celular de Corina e, depois que a ligação foi atendida, passou o celular para Vitorino.

"Espere lá fora, já estou indo."

As sobrancelhas de Corina se franziram delicadamente.

Será que ele havia terminado a reunião com Amaro tão rapidamente?

Vinte minutos depois, o carro parou firmemente em frente à casa da família Sampaio.

Leandro Sampaio não esperava que Vitorino chegasse naquele momento e rapidamente pediu a Catarina Moreira que servisse um café a Vitorino.

"Ariela disse que você tinha ido a uma viagem de negócios e ficaria alguns dias fora. Por que ainda não foi?"

Vitorino cruzou as pernas, sentando-se no sofá.

Conversava tranquilamente com Leandro, com um olhar suave.

"O voo atrasou, tive que mudar os planos. Vim buscar Ariela para levar de volta."

Ele notou que a bolsa que havia dado a ela ontem estava jogada de qualquer maneira na sala.

A bolsa que ela lhe deu valia o preço de um apartamento.

Ela estava tentando provocá-lo?

Catarina subiu correndo as escadas para encontrar Ariela. Ela ainda estava dormindo.

O início da gravidez era realmente um período de sono excessivo.

Catarina a chamou.

"Ariela, o Vitorino veio te buscar para voltar.

Ela continuou de olhos fechados, sem mostrar reação.

Catarina sentiu que algo estava errado.

Ao sacudi-la levemente, Ariela abriu os olhos vagarosamente, com a voz abatida.

"Não estou me sentindo bem, peça a ele para voltar sozinho."

Ela enterrou a cabeça nos cobertores.

"Mãe..."

Vitorino já havia entrado no quarto, Catarina rapidamente deu espaço para ele e fechou a porta ao sair.

Ariela não se mexeu.

"Vamos para a Mansão do Conforto, o avô ligou pedindo para eu levar você".

Vitorino baixou um pouco a voz.

Havia um estranho calor em suas palavras.

Amaro queria vê-la.

Ariela sorriu.

Somente nesses momentos ele falava gentilmente.

"Vitorino, preciso lhe dizer uma coisa, podemos ir depois que você ouvir."

Ariela se levantou, mantendo certa distância dele.

Ele, imponente em seu terno, usava um sobretudo preto, emanando uma aura de fria distinção.

Ela não dava a mínima para esse casamento, então o que significava uma bolsa?

"Para você."

Corina ficou atônita.

Vitorino virou-se ligeiramente, seus olhos escuros tornando-se sombrios e indecifráveis.

Ele apenas assumiu que Ariela estava fazendo birra novamente.

Se ela não queria, que assim fosse.

Vitorino entrou no carro, sem olhar para Ariela atrás dele.

Ela o seguiria.

A atmosfera no carro estava tensa.

O maxilar de Vitorino estava claramente tenso, demonstrando seu descontentamento.

Corina estava prendendo a respiração e seu assistente não se atrevia a falar.

O interior do veículo estava envolto em um silêncio sepulcral.

Ariela mordiscava o lábio inferior e seu rosto mostrava sinais de exaustão.

A Mansão do Conforto, localizada no sopé de uma montanha e próxima a um lago, já estava envolta pela primeira neve do inverno, fazendo com que sua arquitetura em estilo colonial parecesse ainda mais imponente e majestosa.

Essa aura se assemelhava à natureza reservada de Amaro.

"Senhor, o Sr. Amaro está esperando pelo senhor no estudo."

O empregado, com total reverência, guiou pelo caminho até chegar à porta, que, ao ser aberta, liberou o suave aroma de café pelo ambiente.

"Então, se eu não ligar, você simplesmente não pensa em voltar" - disse Amaro, com uma voz que ressoava como um sino, cheia de autoridade.

Vitorino foi direto para uma cadeira e sentou-se, seu belo rosto expressando uma severidade que espelhava a de Amaro, enquanto seu queixo firme estava ligeiramente levantado.

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