Caso contrário, seria como hoje.
Qualquer mulher poderia estar ao lado de Vitorino, reivindicando com orgulho ser sua namorada de fofocas.-
"Ele não me ama. Desde o começo, casar-se comigo foi apenas para contrariar sua mãe. A família Sampaio é insignificante e eu, sem vergonha, usei artimanhas para entrar em sua cama.
Pelo menos era isso que ele pensava. Amaro Machado, seu avô só queria que Vitorino, o neto pródigo, rapidamente desse continuidade à linhagem, para deixar um herdeiro para a família Machado, sem se importar com quem ele se casasse."
Ela apertou os lençóis brancos entre os dedos.
Ela estava vestindo uma roupa de paciente em tons de azul e branco.
Isso contrastava com seu rosto, que estava ficando cada vez mais sem vivo.
"Tina, eu sou apenas um instrumento. Não tenho o direito de interferir com quem Vitorino se relaciona. Ninguém estará lá para me ajudar. Quando eu perder meu valor como mãe, a família Machado não terá mais espaço para mim."
As unhas dela cravaram-se profundamente em sua pele, mas ela não sentiu dor.
"Você já está grávida."
Ariela tinha o trunfo mais poderoso em suas mãos.
"Vitorino não quer..."
Vitorino sempre fazia Corina dar-lhe os remédios.
Ela olhou para Tina, com um brilho nebuloso nos olhos.
Tina engasgou, sem conseguir respirar.
O quarto de hospital mergulhou em um silêncio sepulcral.
Ariela só podia ouvir o próprio coração batendo.
Ela olhou pela janela por um longo tempo, onde a neve se acumulava no peitoril.
Ao longe, tudo era um vazio branco.
Como seu coração, vazio e frio.
"Tina, decidi. Vou me divorciar de Vitorino."
No dia seguinte.
Um carro preto deslizou lentamente até a mansão ao amanhecer.
As rodas deixaram rastros profundos na neve.
O motorista abriu a porta do carro e Vitorino saiu, emanando um ar gelado, e caminhou para o corredor.
Corina, ouvindo o som, desceu as escadas com uma postura preguiçosa.
Ela estava usando uma capa de pele de raposa branca.
Parecia a verdadeira matriarca da família Machado.
"Sr. Machado?"
Corina, com a cabeça baixa e os olhos submissos, aproximou-se dele.
Vitorino afrouxou a gravata, franzindo a testa ao ver que não era Ariela.
Ela respondeu com um "OK" e desligou.
"Sr. Machado, ligação do seu avô, ele pede para o senhor ir à Mansão do Conforto agora."
Corina hesitou por um momento.
"Ele fez questão de dizer: traga a senhora Machado."
Vitorino retesou o rosto, os criados abriram a porta e ele saiu para a neve.
Corina o seguiu até o carro, recebendo um breve olhar dele.
"Você vá para a família Sampaio buscá-la e aproveite para preparar um pouco de chá de menta."
O carro partiu, deixando para trás uma nuvem de fumaça.
Corina, parada no vento frio, sentiu seu nariz avermelhar.
Chá de menta?
A última menstruação de Ariela foi no dia dez do mês passado, já deveria ter acabado hoje, por que tomar chá de menta?
"Juliana!"
Corina virou-se e entrou no salão, enquanto Juliana correu apressadamente até ela.
"Corina."
"Quantos absorventes a senhora precisou este mês?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...