Ariela gritou alarmada.
Um braço forte se estendeu, envolvendo seu pescoço.
Ela foi puxada para trás, cambaleando vários passos, até ser pressionada contra a parede.
Seus lábios foram firmemente selados por outra boca.
Na escuridão, ela sentiu uma mão se esticar corajosamente sob suas roupas.
"Mmm..."
Os olhos de Ariela se arregalaram, mas infelizmente ela não conseguia ver nada.
O som de suas roupas sendo rasgadas a encheu de desespero.
Seu vestido longo foi puxado para baixo.
Um cheiro desagradável de suor encheu suas narinas.
Ela foi brutalmente pressionada contra a parede, com vontade de gritar, mas sua boca não conseguia emitir nenhum som.
A escuridão era como uma montanha, esmagando-a até que ela mal conseguia respirar.
Parecia que ela não escaparia hoje.
Se ela soubesse que esse seria o resultado, nunca teria deixado a casa da família Machado por capricho.
Uma única lágrima escorreu pelo canto de seu olho.
Ariela já estava mordendo a língua.
Nas novelas, as heroínas mordiam a língua quando foram estupradas.
Ela se perguntou se essa tática funcionaria com ela também.
Ela estava com Vitorino por amor.
Preferia morrer a ser desonrada por outra pessoa.
Justo quando pensou que sua vida terminaria naquele dia,
De repente, a mão que apertava seu pescoço afrouxou.
Ela ouviu um grunhido abafado.
A luz do corredor acendeu.
Um homem de grande estatura jazia no chão.
Ariela não se importou.
Ela correu direto para a porta.
Ele não sabia o que aconteceu depois, nem queria saber.
Por um golpe de sorte, alguém apareceu naquele momento e a ajudou.
Ainda abalada, ela estava prestes a fechar a porta.
Um sapato de couro bloqueou a passagem.
Ela empalideceu de medo.
Quando reconheceu o dono do sapato,
Ela ficou chocada e furiosa ao mesmo tempo.
"Vitorino…"
Por que ele poderia estar ali?
Ele estava seguindo-a?
"Sra. Machado, parece que a brincadeira de fugir de casa ainda não acabou."
Ele empurrou a porta com um leve esforço.
Ao ver Vitorino, Ariela involuntariamente levou a mão à barriga.
Vitorino olhou ao redor.
Ele lhe dera tudo.
Por algumas fofocas insignificantes, será que vaia a pena todo esse drama?
Três anos vivendo no luxo, ele ajudou a família Sampaio a se reerguer.
Ela realmente não sabia dar valor.
Ariela se sentiu desolada.
Condições?
Ele estava realmente disposto a negociar?
Ela respirou fundo.
"De verdade? Você pode prometer alguma coisa?"
Vitorino brincou com seu isqueiro, rindo friamente por dentro.
Ela estava brincando com ele realmente.
Ele estava ficando sem paciência.
"Vamos ver."
Se Ariela não fosse sensata, ele perderia a paciência de vez.
"Tudo bem, eu quero que você corte os laços com Elodie. Se você conseguir fazer isso, eu voltarei com você."
Ela levantou a cabeça com orgulho.
Os movimentos de Vitorino subitamente cessaram.
Ariela observou seu rosto.
Um sorriso de escárnio cruzou seu belo semblante.
Seu coração estava calmo, sem ondas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...