"Bang..."
O isqueiro explodiu.
Ariela sentiu uma súbita contração na parte inferior do abdômen.
Vitorino assumiu uma expressão sombria e se levantou rapidamente.
Ele foi direto para a porta. E a abriu.
Ariela ficou olhando, com os olhos arregalados, enquanto ele desaparecia de sua vista.
Ela não estava triste?
Não.
Ela estava triste.
A menção a Elodie foi o que irritou Vitorino. Ariela havia caído em isso várias vezes. Nenhuma havia sido evitada.
A porta foi fechada com força pelo lado de fora.
Ariela murmurou para si mesma: "Vitorino, fui eu quem o salvou, não a Elodie."
Ela segurou seu coração, que batia descontroladamente. Seu rosto estava pálido e ela se sentia desolada.
Vitorino desceu as escadas.
O motorista estava esperando.
Dois seguranças estavam detendo o homem que havia tido más intenções com Ariela pouco tempo antes.
"Quem são vocês para interferirem? Nem a polícia daqui se envolve, quem vocês pensam que são para agir como heróis?"
Vitorino parou.
O homem estava imobilizado e não conseguia se mover. Ele tremia sob o olhar gelado de Vitorino.
"Que porra você está olhando? Me solte. Você nem sabe quem eu sou!"
O homem viu Vitorino, com seu terno elegante e óculos de armação dourada, parecendo sofisticado e rico.
Ele pensou que Vitorino fosse um herdeiro rico.
"Que mão você usou agora?" - Vitorino olhou para ele
O homem não entendeu sua intenção, riu de forma obscena.
"Usei ambas as mãos. A pele dela é tão macia e suave, me fez arrepiar até os ossos..."
Antes que pudesse terminar, recebeu um soco forte no estômago.
Ele ainda tentou falar, mas seu rosto foi atingido, inchando imediatamente, e dois dentes voaram.
Os seguranças, conhecendo bem o procedimento, não precisaram de ordens.
"Corte suas duas mãos. E sua língua também..."
Só então o homem percebeu que havia se metido com a pessoa errada.
Mas agora era tarde demais para se arrepender.
Ela não sabia se seria possível recuperá-lo.
Ariela pensou em Renato, então ligou para ele para marcar um encontro.
Renato ficou surpreso ao receber a ligação de Ariela, porque ele pensou que ela não estaria mais procurando por ele.
O casal estava em conflito. Ariela queria se separar, mas Vitorino não.
Parecia ser uma batalha jurídica perdida.
"Dr. Barreto, preciso de uma consulta."
Ela queria saber se Renato poderia ajudá-la a recuperar seu dinheiro.
"Você vai processar?"
Renato sentiu uma onda de excitação, estranhamente esperançoso.
"..." - Ariela corou.
Vitorino, aquele desgraçado, havia deixado sua vida um caos, como ela poderia ter dinheiro para processá-lo?
"Não, é outra coisa. Eu só queria saber se você está disponível."
Ariela acrescentou: "Estou um pouco apertada financeiramente, posso pagar a consulta mais tarde?"
Renato riu baixinho, a achou muito adorável.
"A Sra. Sampaio está me tratando como um estranho. Considerando minha amizade com Tina, se precisar de alguma coisa, é só me ligar. Vou convidá-la para jantar e podemos conversar sobre as coisas."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...