Vitorino abraçou Ariela, ignorando completamente as palavras de Catarina.
"Ela é um azar, causou a morte de sua mãe, levou meu marido e meu filho, um azar..."
Essas palavras soavam familiares.
Vitorino colou seu rosto ao de Ariela, cuja pele estava gelada e os dentes cerrados.
Ele despiu-se de suas vestes e envolveu o corpo dela com as roupas, tentando transmitir-lhe seu calor.
As mãos de Vitorino se fecharam, seus ossos estalando.
Ariela acordou com a sensação de ter sido jogada.
Foi lançada na cama, sentindo a cabeça girar intensamente.
"Vitorino, o que você quer fazer?"
Ela abriu os olhos e viu Vitorino primeiro.
Estava claro que estavam no funeral de seu pai e irmão, e então...
Então, Catarina falou algo.
A atenção de Ariela voltou-se para suas próprias lembranças.
"O que você acha? Eu pensei que você queria se divorciar por estar profundamente magoada, mas vejo que encontrou um novo amor."
Ele desfez seu cinto e tirou as calças diante dela.
Ariela ainda estava atordoada com sua própria história de origem, quando viu aquilo envolto em sua roupa íntima.
"O quê, você ainda finge ser inocente após três anos?"
Havia um fogo dentro dele que precisava ser apagado.
"Desprezível..."
Ariela tentou levantar da cama para ir embora, mas Vitorino segurou seu braço, puxando-a de volta e imobilizando-a sob seu corpo.
"Quem você está chamando de desprezível? Eu sou desprezível, e Nestor te satisfaz? Você não acha que ele é desprezível quando faz amor com ele?"
Falando absurdos.
"Estamos nos divorciando, Vitorino. Quem eu vejo não é da sua conta."
Ela estava frustrada, sempre imaginando a intimidade com ele de uma forma idealizada, mas ele sempre conseguia transformar esses momentos em pesadelos.
Ele se satisfazia, mas alguma vez se preocupou com os sentimentos dela?
Vitorino parou por um momento.
Justo quando Ariela pensou que suas palavras haviam surtido efeito e que Vitorino a deixaria em paz, ele começou a invadi-la com ainda mais intensidade.
Beijou-a vorazmente, forçando a passagem entre seus dentes, em uma conquista sem clemência, ignorando completamente seus gritos.
"Não é da minha conta? Não se esqueça, ainda não nos divorciamos."
Sua voz era rouca e carregada de uma raiva profunda.
"Ariela, sou eu quem não te satisfaz? Ele é melhor do que eu? Mudei de ideia, a mulher que eu tive, ninguém mais vai tocar, nem mesmo o lixo que eu descartei."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...