Ele estava com ela há três anos, conhecendo todos os seus pontos sensíveis e fraquezas.
Ariela, sob seu ataque intenso, tinha a testa coberta por pequenas e densas gotas de suor.
Pensando em continuar resistindo a ele, Ariela não aguentou mais e pressionou com força contra seu peito musculoso, tentando aliviar o prazer que seus movimentos lhe causavam.
Ela chorava enquanto suportava.
"Eu não tenho nada com ele, Vitorino..."
...
Vitorino segurou seu queixo, e o rosto dela, banhado em lágrimas, brilhava com um rubor apaixonado, enquanto sua pele também adquiria um tom rosa pálido, irresistível aos olhos dele.
Naquele momento, ele finalmente acreditou em suas palavras, mas não conseguia mais controlar sua força ou o desejo profundo que sentia por ela.
Três dias era o limite que ele tinha para deixar seu corpo descansar.
Mesmo quando ela estava inconsciente, ele ainda aproveitou sua mão fraca para se satisfazer.
Mas, dessa vez, já se passaram três dias inteiros sem nada.
Vitorino capturou seus lábios, recolhendo também as lágrimas que escorriam até o canto de sua boca.
Ele suavizou seus movimentos e, conforme o choro dela diminuía, terminou duas horas de tormento físico e emocional.
E também obteve a resposta que tanto o satisfazia.
Ariela, com o olhar vazio, deitou-se exausta na cama.
Ele queria abraçá-la, mas ela, tremendo, moveu-se para o lado, tentando se afastar.
Vitorino recuou sua mão para pegar um cigarro.
"Vitorino, você prometeu que iria se divorciar de mim."
Ela pegou um travesseiro para cobrir seu corpo, enquanto lágrimas silenciosas escorriam.
Vitorino, saboreando o momento, acendeu o cigarro em suas mãos e soprou suavemente as argolas de fumaça.
O aroma leve do tabaco permeava o ar.
Seus olhos escuros e profundos, insondáveis, fixaram-se nas marcas azul-claras que ele deixara em Ariela por um momento, murmurando sombriamente: "Sete dias, se me satisfizer, te deixarei ir..."
Ariela, nua, dirigiu-se ao banheiro diante dele e fechou a porta com força por dentro.
Vitorino, paralisado, observou a luz amarelada que se filtrava através do vidro fosco.
A pequena gata finalmente havia aprendido a contradizê-lo.
Vitorino ficou ligeiramente sombrio, a família Sampaio estava acabada, e Ariela descobriu sua verdadeira origem.
Ela não tinha mais nada que o mantivesse em vantagem sobre ela.
Um sorriso de escárnio quase imperceptível surgiu nos cantos de seus lábios.
A presa sempre pensva que poderia escapar da espingarda, sem saber que seu destino já estava selado no momento em que entrou no jogo de caça.
Ariela saiu do banho, envolveu-se em um cobertor, e passou por Vitorino com dignidade.
"Vou dormir no escritório esta noite, e a partir de agora, a menos que seja necessário, não há razão para dormirmos na mesma cama. Aceito seus sete dias."
Ariela falou calmamente, como se Vitorino fosse apenas um conhecido.
"Depois dos sete dias, quer você concorde ou não, Sr. Machado, mandarei meu advogado enviar-lhe os papéis do divórcio. Considere esses sete dias como sua última retribuição."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...