Ariela segurou "Rolinho" com alegria por um bom tempo.
Vitorino sentiu uma inquietação sem motivo.
O cachorro parecia estar confortável demais em seus braços.
"Esqueça, você acabou de voltar do hospital e precisa descansar mais. Deixe que a Juliana leve o Rolinho para baixo."
Vitorino fechou a porta, tirou o casaco e começou a desabotoar a camisa.
Ariela fixou o olhar nos músculos definidos dele sob a roupa, e quando percebeu, ele estava prestes a tirar as calças.
Sua mente começou a divagar, com pensamentos dispersos.
"Venha aqui." - Vitorino meteu a mão no nó da gravata, soltando-a de uma vez.
"O quê quer?" - Ela engoliu em seco, e Vitorino franziu a testa.
"Ajude-me a tirar a roupa."
Ariela sentiu o rosto queimar e se aproximou, colocando a mão em seu ombro para ajudá-lo a tirar a camisa.
Seus movimentos eram ágeis e experientes, como se já tivesse feito aquilo muitas vezes.
Quando restou apenas a calça comprida, ela hesitou.
Vitorino tomou a iniciativa de tirá-la, e Ariela virou-se para sair, mas foi puxada para seus braços.
"Para onde está indo?"
Seus lábios tocaram o ponto mais macio atrás de sua orelha, fazendo Ariela corar ainda mais.
"Vou, vou pegar suas roupas."
"Lave-se primeiro, depois coloque as roupas. A casa está aquecida, não está frio."
Ele a levantou, e Ariela soltou um grito agudo.
Os empregados, lá embaixo, ouviam os ruídos sem mudar a expressão.
Eles já estavam acostumados.
Seria estranho se a senhora não fizesse alarde.
Ariela foi levada para o banheiro, e, agarrando-se ao pescoço dele, sentiu-se inexplicavelmente assustada.
Os sons que emitiam eram apenas sugestivos, nada comparado ao alarde dos tempos passados.
Ariela descansou tranquila em seus braços, e Vitorino, embora estivesse cansado, insistiu em terminar o banho com ela e secou seu corpo com cuidado.
Juliana trouxe o jantar.
Roupas estavam espalhadas no chão, o senhor e a senhora não estavam no quarto, apenas sons abafados vinham do banheiro.
Ela entendeu a situação, colocou o jantar e saiu silenciosamente, fechando a porta com cuidado.
Vitorino a carregou para fora do banheiro, nem mesmo deixando-a vestir-se ou comer sozinha.
Em vez disso, alimentou-a lentamente.
Ariela então percebeu o quanto estava faminta.
Ela aceitou cada pedaço de comida que ele oferecia, ainda corada.
O celular de Vitorino vibrou ao lado.
Seus movimentos continuaram, mas claramente distraídos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...