Ariela, deitada na cama do hospital, teve seus cílios tremendo suavemente.
Era noite, e reinava um silêncio absoluto.
Parecia que os olhos da mulher no quarto do hospital, escondidos sob as pálpebras, moviam-se.
Ela estava sonhando —
Um sonho lindo de muito tempo atrás.
Três dias depois, Tina foi visitar Ariela.
Para sua surpresa, encontrou Ariela acordada, aconchegada silenciosamente em Vitorino.
"Ariela…"
Tina ficou completamente desordenada, e Henrique a segurou para impedi-la de se aproximar.
"Não interfira."
Tina se desvencilhou dele.
"A mulher deste homem desprezível causou a perda do bebê de Ariela, e eu tenho de deixar isso barato, deixá-la voltar para ele assim?"
Henrique massageou as têmporas, sentindo uma dor de cabeça iminente.
"Sua amiga escolheu isso."
"Henrique, não pense que eu não sei o que você fez às escondidas."
Ela estava tão furiosa que quase o confrontou diretamente.
Henrique não mostrou nenhum sinal de culpa ou constrangimento.
"O que eu fiz às escondidas também te beneficiou. Você quer me deixar?"
Tina ficou atônita.
Henrique a puxou para dentro do carro, segurando-a pela cintura.
Quando Tina percebeu, seus lábios já estavam sobre os dela, beijando-a até quase sufocá-la.
"Eu estaria disposto a me humilhar diante de Vitorino por você. Sua amiga está sob a proteção dele, nada vai acontecer com ela. Lutar por ela só vai separá-los, e isso não traria nenhum benefício para sua amiga. Além disso, eu vejo que o Sr. Machado nunca pensou em abandonar sua esposa."
Ele moveu seus lábios para o lugar mais suave atrás da orelha dela, deixando Tina completamente sentível.
Ariela seguiu Vitorino até o carro executivo dele.
O carro executivo e o Bentley preto de Henrique passaram um pelo outro.
Tina, através da janela de vidro, claramente fez contato visual com Ariela, mas ela agiu como se não a tivesse visto.
"Eu posso descer agora."
Ela disse em voz baixa, lutando gentilmente em seus braços.
Vitorino a colocou no chão.
No canto, um pequeno cão Teddy veio abanando o rabo.
Ariela soltou um "Ah!" e imediatamente se agachou.
"É o Rolinho, como você trouxe ele para casa?"
Vitorino também se agachou, levantando-o e colocando-o nos braços de Ariela.
"Eu passei por aquele lugar, e ele simplesmente me seguiu. Então, eu o trouxe para casa. Você gosta?"
Ariela estava claramente encantada.
Ela levantou as patinhas da frente dele: "Oh, a ferida na pata dele já sarou?"
Vitorino mentiu sem mudar a expressão.
"Você esteve doente por uma semana, meio que fora de si, a ferida dele já sarou faz tempo."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...