Juliana não sabia o que o Sr. Machado estava queimando, mas a expressão no rosto dele era algo que ela nunca tinha visto em toda a sua vida.
Vitorino queimou o diário de Ariela até não restar nada. Todos os pontos positivos e negativos se tornaram cinzas, como ela poderia fazer a compensação agora.
No hospital Cidade de Bela.
Tina foi visitar Ariela após terminar seus compromissos profissionais. Ela ainda estava em um sono profundo, sem nenhum sinal de que iria acordar.
"Doutor, não há nada que possamos fazer para ajudá-la?"
Ela queria que Ariela acordasse, continuar dormindo desse jeito poderia levá-la à morte.
"Diferentemente de um trauma no cérebro, a paciente provavelmente entrou em um estado de sono autoinduzido devido a um estresse, o que é uma escolha de consciência própria. A probabilidade de ela acordar é de 80%, tudo depende da vontade dela própria."
A sugestão do médico fez Tina morder os dentes de raiva.
Estresse... Fora Vitorino, aquele desgraçado, quem mais poderia tê-la estressado?
Agora, se ela visse aquele desgraçado, ela não hesitaria em matá-lo.
Depois que o médico saiu, Tina mal teve tempo de ficar triste, a porta do quarto foi abruptamente aberta.
"Ariela— Ariela— você quer me matar, quer matar a nossa família inteira—" - Uma mulher com a voz rouca e cabelos desgrenhados entrou.
Tina viu que era a mãe de Ariela, Catarina.
Ela ignorou Tina, correndo para o lado da cama de Ariela e começou a sacudir freneticamente a cama.
"O que você está tentando fazer, hein? Seu pai ainda está no hospital, seu irmão foi processado e está prestes a ser preso, eu sou apenas uma mulher sozinha, e não queria te sobrecarregar com nada, só queria que você fosse uma boa Sra. Machado, e olha só o que você fez?"
Catarina entrou chorando, e Tina pensou a princípio que ela estava triste pela filha, mas depois percebeu que ela estava chorando porque a família Sampaio estava prestes a enfrentar outra grande calamidade.
Tina ficou tão irritada que puxou Catarina, que estava sentada no chão.
"Senhora, Ariela teve um aborto, ela foi prejudicada por alguém, e o culpado é Vitorino. Olhe para ela agora, ela está inconsciente."
Tina queria que ela visse realmente como Ariela estava, que tipo de mãe seria tão cruel com a própria filha.
Quando Catarina viu Vitorino, a expressão em seu rosto desabou. Cheia de mágoa, humilhação e submissão.
"Sr. Machado—"
Catarina desistiu da loucura anterior, virando-se para Vitorino quase a ponto de se ajoelhar.
Tina viu que Vitorino estava tão furioso que parecia que seu cabelo poderia pegar fogo.
Vitorino desviou da mão de Catarina quase com repulsa.
"Senhor Machado, Ariela é jovem e não sabe o que faz, peço que não leve a mal. Se ela acordar, eu certamente a aconselharei."
Por algum motivo, Tina se sentia ainda mais incomodada ao observar Catarina do que quando via Vitorino.
"Aconselhar?"
Vitorino caminhou até o lado da cama de Ariela e sentou-se na cadeira ao lado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...