Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 103

As mãos de Vitorino ficaram apoiadas na cama do hospital por um longo tempo, até ficarem rígidas e doloridas, mas ele não se moveu.

Seus olhos estavam cheios de amargura, como se ele tivesse mil palavras para dizer, mas não conseguisse pronunciá-las.

No coração de Ariela, não havia tristeza ou acusações.

Ela respirou fundo e suas palavras pareciam consumir toda a sua força vital.

"Vitorino, o acordo de divórcio foi preparado há muito tempo. Vamos encontrar um momento para assiná-lo. Agora, não tenho mais utilidade para você ou sua outra mulher."

Ela mordeu o lábio, dando uma notícia devastadora.

"O médico disse que eu não posso mais ter filhos."

Ela o enganou, querendo que ele soubesse que Ariela não tinha mais nenhum valor para ele.

Então...

"Me deixe ir. Uma pessoa inútil como eu, ficar ao seu lado é redundante."

Deixe-a ir.

Dê a ela uma chance de viver, pelo menos sem ele, ela poderia curar suas próprias feridas, se acostumar com a ausência dele e, talvez for capaz de viver normalmente.

Vitorino permaneceu sentado ao lado da cama, e o silêncio no quarto só era quebrado pelo tique-taque do relógio na parede.

Ariela esperou por um tempo sem ouvir uma resposta.

Ela pensou que ele tinha ido embora.

Até que virou levemente o rosto e o viu ainda lá, imóvel.

Ariela fechou os olhos em desespero.

Por que Vitorino ainda estava ali?

Até que Corina chegou.

"Sr. Machado, a Srta. Duarte disse que seu braço está doendo muito, talvez o senhor devesse..."

Corina então descobriu que Elodie e Ariela estavam no mesmo hospital.

Parecia que o destino adorava ironias.

Finalmente, Vitorino se levantou.

Ariela sabia o que ele ia fazer sem ter que olhar.

"Descanse bem, voltarei para vê-la mais tarde".

"Não é necessário..." - Ela disse com a voz trêmula, não vendo sentido em continuar aquele casamento.

Corina olhou para Ariela na cama.

Linda, frágil, trágica!

Depois de desabafar, Tina correu para ver Ariela.

"O que Vitorino veio lhe dizer?"

Ela temia que ele estivesse lá para machucá-la.

Ariela mal se mexeu ao responder.

"Isso não importa mais."

Nada mais importaria.

À tarde, Catarina chegou, claramente preocupada.

"Ariela, você fez um aborto. Por que não nos contou que estava grávida? Por que se torturar desse jeito?"

Tina observava da janela, desdenhosa.

"Senhora, se você tivesse aceitado a Ariela de volta, ela não teria escondido isso de você."

Catarina parecia envergonhada.

"Sei que está sofrendo agora, mas você pode engravidar novamente. O mais importante é cuidar da sua saúde. Seu pai me pediu para trazer este caldo de galinha para você. Beba..."

Ao saber que Leandro havia pedido que Catarina trouxesse o caldo, Ariela sentiu um leve conforto.

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