Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 101

"Há alguma maneira de esconder isso dela?"

Henrique sabia que isso seria um golpe devastador para uma mulher.

"Como posso esconder isso? Será que ela não vai perceber o que está dentro dela?"

Tina estava mais triste do que se tivesse perdido seu próprio filho,

"Acalme-se, não chore assim. Você acabará assustando sua amiga. Como pode consolá-la se não consegue controlar suas próprias emoções?"

Henrique abraçou Tina com carinho, enxugando suas lágrimas continuamente.

Tina estava chorando convulsivamente.

O celular de Henrique tocou, era Adélia ligando.

Tina, aproveitando uma pausa em seu choro, olhou para cima rapidamente, mas, espertamente, não disse nada.

Ela tentou, em vão, conter as lágrimas, enquanto Henrique preferiu não atender, deixando o celular vibrando no bolso.

"Está bem, está bem, se você continuar chorando, vai ficar feia".

Ele estava realmente preocupado com ela.

Com o temperamento impulsivo e incontrolável de Tina, sem Henrique para limpar a bagunça, ela, como celebridade, já teria sido exposta em escândalos até não sobrar mais nada.

"Se você tem que ir, pode sair."

Tina estava desconfortável.

Adélia estava como chiclete, ligando para Henrique vinte vezes em três horas.

"Não é nada, eu deixo esse celular em casa da próxima vez e não levo comigo."

Ele ignorou o fato.

Tina se aconchegou a ele, sentindo-se brevemente feliz, mas quando olhou para Ariela na cama do hospital, seu coração ficou pesado novamente.

O celular não parou de tocar, insistentemente.

"É melhor você ir."

Tina o empurrou para fora.

Henrique, sem escolha, sabia que tinha que manter as aparências. Se ele não atendesse aquela ligação, os dias futuros de Tina não seriam fáceis.

A porta se fechou, e Tina, olhando para Ariela ainda adormecida sob o efeito da anestesia e cujo rosto antes cheio agora tinha uma depressão visível, não sabia como enfrentá-la quando acordasse.

A tela do seu celular se iluminou; Vitorino havia ligado para ela mais de dez vezes. Enquanto ela estivesse na sala de cirurgia, Tina definitivamente não atenderia a ligação desse homem.

"Ariela, você tem meia hora para chegar em casa."

Uma mensagem de oito horas atrás, agora já era madrugada.

Vitorino partiu com Elodie sem piedade, ferindo profundamente seu coração.

Elodie a empurrou escada abaixo, e ela perdeu seu bebê.

"Não terei." - Ariela respondeu calmamente.

"Tina, eu não quero mais nada."

Ela estava deitada na cama do hospital como uma boneca sem vida, sem qualquer sinal de vitalidade.

"Ariela, se você está triste e quer chorar, pode chorar."

As lágrimas de Tina eram ainda mais abundantes do que as dela.

Ariela apenas olhava silenciosamente para o teto, com o coração calmo e sem ondulações. Seu olhar também estava vazio.

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