O frango não estava cozido e, no final, foi Tarsila Fagundes quem teve que devolvê-lo à panela para uma fritura adicional.
A carne bovina estava tão dura que era mais difícil de mastigar do que um pano de prato, deixando Tarsila Fagundes com as bochechas doendo de tanto mastigar. O caldo de costela também estava estranho, não se podia dizer exatamente o que estava errado, mas o sabor era como se tivessem cozinhado um pano de chão nele.
Os camarões, comprados com o cartão do Alberto a 588 reais cada, eram de primeira qualidade e foram preparados no vapor, não deixando muito espaço para Ophelia se destacar, mas ainda assim estavam deliciosos.
A confiança de Ophelia foi totalmente abalada, sem entender o que tinha dado errado: "Eu segui a receita direitinho."
"Deixa para lá, deixa para lá." Tarsila Fagundes a consolou, dando tapinhas em seu ombro, "Talvez você simplesmente nasceu para ser uma dama da alta sociedade, esquece a cozinha."
Ophelia: "…"
"Ah, falando nisso, você tinha tantas bolsas de grife naquela casa, e você não pegou nenhuma delas?", Tarsila Fagundes tinha acabado de vasculhar o guarda-roupa dela.Descascando os camarões, Ophelia respondeu desinteressadamente: "Eu nunca usei aquelas bolsas, e de qualquer forma, não tenho onde colocá-las aqui."
"Se você não quer, me dá então, eu tenho onde guardar!", quase pulando de empolgação, Tarsila Fagundes disse: "Eu posso estendê-las na cama e dormir em cima delas, tudo bem?"
Ophelia, que acabara de descascar uma perna de caranguejo, quase deixou cair com o susto, hesitou um pouco antes de pegá-la da mesa e alimentar Tarsila com ela.
"Gregório me deu aquela mansão, pega o que quiser de lá quando quiser."
"Pelo menos ele tem um pouco de consciência!" Tarsila Fagundes se sentiu melhor, mastigando a carne do camarão e perguntou, "Quanto vale aquela mansão?"
Ophelia não sabia ao certo, apenas arriscou um palpite: "Deve valer uns bons milhões."
Tarsila Fagundes escorregou da cadeira, ajoelhando-se graciosamente diante dela, segurou sua mão e a beijou com fervor:
"Querida, você aceitaria me sustentar pelo resto da vida?"
"Não aceito." Ophelia respondeu friamente, "A menos que você lave a louça."
"Sem problemas!" Tarsila Fagundes saltou em direção à pia.
Rute disse: "Sua boca está torta."
Solange rapidamente pegou um espelho para se olhar, não encontrou nada errado, e percebeu que Rute estava apenas brincando, ficando furiosa por um momento antes de voltar a se gabar.
"Eu fui promovida porque sou melhor que você, sua inveja não vai mudar isso. Mas, vendo que vocês devem estar chateados, vou ser generosa e não vou discutir."
Ophelia ignorou-a, e depois que Solange saiu, outros dois colegas mais velhos vieram confortá-la.
"Na verdade, todos sabemos que quem deveria ter sido promovida era você. Mas, o que podemos fazer, a sobrinha do diretor tem suas vantagens."
"Não se preocupe, no próximo ano com certeza será a sua vez."
Ophelia disse: "No próximo ano, tanto a Rute quanto o Dr. Thiago estarão prontos para serem promovidos a médicos assistentes. Quem você acha que deveria ser o primeiro?"
Embora o Dr. Thiago não tivesse um tio como diretor, seu sogro era o Mário, chefe do departamento médico, responsável pelas promoções de título. Naturalmente, Mário acabaria favorecendo seu genro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....