Ophelia se petrificou imediatamente, ajustando o cardigan sobre o seu corpo para cobrir o camisão por baixo.
Gregório a ajudou a calçar os chinelos e soltou sua mão. Ophelia imediatamente colocou os pés no chão e deu um passo para trás.
Gregório se levantou e suavizou o tom de voz: "Você não quer mais morar na casa Bosque dos Ipês, então eu passarei a casa Janela Montanha para o seu nome."
Ophelia lançou-lhe um olhar, reagindo muito mais calmamente do que ele esperava.
"Não precisa, eu já não quero mais."
Aquela mansão já não significava nada para ela.
A irritação sem motivo voltou a surgir, deixando Gregório desconfortável novamente.
"Uma hora quer, outra não quer, Ophelia, por que você muda tanto de ideia?"
"Às vezes você dá, às vezes tira, Gregório, sua mente é tão difícil de entender", ela respondeu, com um tom calmo." Eu já disse para o Lisandro na última vez, não quero a casa, só quero o dinheiro."
"A empresa está passando por um aperto financeiro agora, não temos tanto dinheiro disponível."
"Então eu não quero nada," disse Ophelia com um tom tranquilo, não como se estivesse brigando com alguém, mas verdadeiramente indiferente.
Afinal, o pagamento mencionado no contrato já era considerável, e o interesse pela casa na Janela da Montanha era apenas um resquício de um carinho passado.
Já que tudo aquilo era ilusão, a casa também não importava.
Ela não queria nada, e Gregório, por algum motivo, pareceu não gostar dessa decisão, zombando: "Recusar uma fortuna dessas, Dra. Zamith realmente considera o dinheiro como nada."
"Você não disse que não tem dinheiro?", Ophelia achou difícil lidar com ele. "Eu não tenho dinheiro, mas tenho uma casa, dou a casa Bosque dos Ipês para você, você pode voltar a morar lá."
Gregório não conseguia explicar seus próprios sentimentos, talvez fosse o susto que Tarsila Fagundes lhe deu hoje, precisava manter as pessoas sob sua vigilância para se sentir seguro.
Ele fez uma pausa de meio segundo, "Eu me mudo."
Ophelia não queria continuar discutindo sobre essas trivialidades; se ele insistisse em dar a casa, que assim fosse, ela poderia simplesmente vendê-la mais tarde.
Quem reclamaria de ter dinheiro demais?
"Faça como quiser. Avise-me quando o advogado preparar o contrato, sua mãe já me ligou várias vezes."
"Daqui para frente, você não precisa atender as ligações dela. Eu falo com ela."
Gregório parou por alguns segundos, mudando de assunto abruptamente: "Ophelia, sua comida é realmente ruim."
Quando o almoço estava pronto, Tarsila Fagundes, como um boi que tinha arado toda a casa, encontrou seu celular descarregado em uma caixa de objetos diversos.
"Você colocou em um lugar tão alto, é um milagre que tenha encontrado!"
A mesa foi posta com pratos deliciosos: frango frito, bife com alho, sopa picante de costela e também foram cozidos quatro camarões que Alberto acabou de pagar, parecendo bastante apetitosos.
Tarsila Fagundes não conseguiu esconder sua admiração: "Nossa! Isso é o que vocês chamam de habilidade de estudo?"
Ophelia respondeu cheia de confiança: "Acho que tenho um certo talento."
Sem hesitar, Tarsila Fagundes pegou um pedaço de frango e colocou na boca.
Ophelia, sem tempo para criticar a falta de higiene, perguntou ansiosamente: "E aí, como está?"
Tarsila Fagundes mastigou algumas vezes e soltou um "Haha!"
"O que significa esse 'haha'?"
Tarsila Fagundes, cobrindo a boca, correu para o banheiro: "Ugh..."
Ophelia ficou sem palavras.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....