Rute nunca tinha visto tal confusão, ficou apavorada, quase chorando de medo. Do outro lado, Solange já estava debaixo da mesa do escritório, chorando incessantemente.
"Os seguranças já devem estar a caminho." Ophélia apertou os dedos trêmulos, tentando acalmar Rute, enquanto olhava ao redor, procurando um lugar para se proteger.
Mas essa era uma expectativa muito alta para um simples escritório.
Ela correu para a janela, abriu-a e olhou para baixo, chamando Rute: "Vem cá, vamos descer por aqui."
Rute, obediente, correu até lá e se espantou: "Isso é muito alto."
O escritório ficava no nono andar, mas, felizmente, havia uma laje logo abaixo, que era o telhado de um prédio ao lado.
"São só dois andares, no máximo você pode quebrar um osso, mas se ficarmos aqui, vamos morrer." Ophélia falou rápido, mas com calma, "Pisa no ar-condicionado e vai com cuidado."
A porta de madeira já tinha sido parcialmente arrombada, Rute, convencida, não perdeu um segundo, agarrou o braço de Ophélia e, com muito cuidado, escalou a janela e começou a descer.
Ela era leve e, apesar do risco, conseguiu pousar em segurança.
Ophélia olhou para trás e viu Solange saindo debaixo da mesa, com a cara coberta de lágrimas, olhando para ela esperançosamente.
Ophélia franziu a testa e disse: "Vamos, rápido!"
"Ah, tá." Solange correu até lá, mas hesitou no último momento. Lá embaixo, Rute chamou com urgência: "Mana, pare de hesitar e venha logo!"
Solange, com medo de ficar para trás, apressou-se em subir na janela, mas ao ver a altura, começou a chorar novamente, "Não consigo, é muito alto, estou com medo..."
"Rute já desceu, ela vai te ajudar lá embaixo." Ophélia tentava se manter paciente.
Solange ainda hesitava, chorando feito uma criança, até que Rute, irritada, gritou: "Se você não descer, vai ficar aí e morrer! Sai da frente, deixa a Ophélia descer primeiro!"
"Eu vou, eu vou!" Solange, entre soluços, estendeu cautelosamente o pé para o ar-condicionado.
A brecha na porta já estava cada vez maior, o homem tentou enfiar a mão para abrir por dentro e recuou após se machucar com um pedaço de madeira, continuando a arrombar.
Sem tempo a perder, Ophélia falou friamente: "Se você não descer agora, eu vou te empurrar."
Solange apressou-se em pisar no ar-condicionado.
Ophélia estava prestes a escalar a janela quando, ao levantar a perna, sentiu uma dor aguda na lombar que quase a fez perder o equilíbrio.
Nesse momento crítico, o homem finalmente conseguiu arrombar a porta com uma faca de cozinha e, ao ver que o escritório estava vazio exceto por ela, avançou em sua direção com a faca.
Ele só podia agradecer por ser rápido o suficiente, pois um segundo a mais poderia ter sido tarde demais.
O homem foi empurrado para trás alguns passos e, segurando uma faca de cozinha, veio balançando-a em sua direção. Gregório, num ato rápido, empurrou Ophélia para fora do caminho e desviou.
Ele agarrou o braço do homem, torceu-o no sentido contrário, fazendo com que o homem torcesse o braço e gritasse de dor, e soltando a faca, que caiu no chão com um estrondo e sendo chutada para longe por Gregório.
Foi só então que os seguranças chegaram, correndo para imobilizar o homem.
Gregório não se deteve mais com eles, correu rapidamente até Ophélia, observando-a ansiosamente para ver como ela estava.
Segurou os pulsos dela, e só então seu coração apaziguou, voltando ao lugar.
"Você está bem?" ele perguntou.
Ophélia balançou a cabeça.
"Te assustou muito?"
Ophélia balançou a cabeça novamente, seus lábios pressionados firmemente um contra o outro, mas seus olhos começaram lentamente a se encher de lágrimas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....