Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 432

O motorista imediatamente saiu do carro e caminhou até um ponto a vinte metros de distância para não ouvir a conversa.

Localizada em um recanto tranquilo, cercada por montanhas verdejantes e árvores exuberantes. Sem carros a passar por sua estrada privada, a centenária casa da família Pascoal guardava seu silêncio. Pai e filho sentavam-se dentro do carro, o compartimento fechado isolando qualquer conversa do mundo exterior.

Fidelis Pascoal mantinha-se sereno, sem revelar emoção alguma em sua voz: "Suas mãos estão bem compridas agora, alcançando até onde estou."

Gregório, ainda com sua aparência imperturbável, falou em um tom inexpressivo: "Não mais astuto do que você, capaz de apagar qualquer rastro."

"Realmente, ganhei um filho e tanto," disse Fidelis Pascoal, "a ponto de suspeitar até de mim."

"Se não quiser ser suspeito, é simples," Gregório cortou sem rodeios, indo direto ao ponto, "afinal, o que realmente aconteceu com a família de Ophélia?"

Desde que Ophélia havia perguntado sobre seu pai em Horizonte, Fidelis Pascoal sabia que esse dia chegaria.

O retorno inesperado de Jacinto ao país certamente agitou as águas, antes calmas.

"Por que você está mexendo nisso?"

"Se tudo estivesse bem, eu não estaria aqui incomodando, procurando por respostas," disse Gregório, "Eu preciso saber a verdade."

Fidelis Pascoal não mentiu nem tentou enganá-lo; afinal, esse filho era astuto demais para ser ludibriado. Mas ele também não estava disposto a revelar a verdade.

"Deixa para lá," ele disse apenas, "Gregório, é melhor para vocês não saberem."

"Apenas trate bem a Ophie. Sua mãe disse que vocês planejam passar a lua de mel no final do mês? Você a negligenciou nos últimos anos, aproveite essa viagem para relaxarem juntos."

O coração de Gregório afundou, sentia como se estivesse caindo em uma armadilha.

"Então você admite que tem a ver com vocês."

"Você vai se demitir? Não faça isso, sem você nosso departamento vai ficar muito chato!"

Ophélia respondeu: "Não é interessante? Todo dia tem jornalista aqui para entrevista."

Rute fez uma cara triste: "É por causa do Sr. Allende te colocar na linha de frente, né? Você gravou, ele não vai se atrever."

"Ficar nesse ambiente não vale a pena." Ophélia estava desanimada nos últimos dias, sua voz, fraca, "As jalecos de todos estão sujos demais."

Rute entendeu o que ela queria dizer.

Ela suspirou, sem vontade de comer mais pastel: "Também acho, principalmente nosso departamento, com o Sr. Allende como uma má influência, nunca vai melhorar. Por que não falamos com o Diretor Braga? Para ele nos fazer justiça!"

"O Diretor Braga sempre teve desavenças com o Sr. Allende, e é muito mais íntegro."

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