Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 431

Quando vi aquela mensagem, eram três e dez da madrugada.

A noite estava silenciosa e tranquila, com a sala de estar do apartamento no último andar ainda estavam acesas. Sobre a mesa de café de granito cinza, pastas com documentos de vinte anos espalhavam-se desordenadamente.

Nas fotos da perícia, havia aquele armazém abandonado e sujo, e o estado claro do cadáver da vítima.

Briseida era uma beleza incontestável, e Ophélia Zamith herdou a beleza de sua mãe. Mas aquele rosto elegante, tão semelhante ao dela, exibia nas fotos um tom cinzento e esverdeado característico de um cadáver.

Aquilo trazia um ar sombrio, completamente diferente da pessoa que ele tinha visto em fotos antigas.

O depoimento estava nas mãos de Gregório, era de Ophélia, de seis anos, sentada na cadeira da delegacia, contando tudo detalhadamente para o policial.

"...Estava muito escuro, e a fábrica era tão grande, eu não conseguia encontrar o caminho, estava com muita saudade do papai e da mamãe..."

"...Eu vi eles deitados no chão, cobertos de sangue, e as mãos da mamãe estavam tão frias, tão rígidas..."

"...Papai disse para procurarmos a polícia, mas estava tão escuro, eu estava com tanto medo, andei por tanto tempo, até amanhecer..."

Naquela época, os depoimentos ainda eram escritos à mão, e o policial que fez o registro claramente não tinha aprendido caligrafia, pois a escrita era horrível.

Talvez fosse pela caligrafia ilegível, mas enquanto Gregório lia linha por linha, ele não conseguia imaginar o que a pequena Ophélia estava se sentindo ao presenciar a morte dos seus pais.

O quanto ela deve ter ficado assustada, vendo seus pais se transformarem em algo tão horrível.

O quanto ela deve ter ficado assustada, andando sozinha naquela noite escura até o amanhecer.

Gregório colocou o depoimento de lado, apoiou as mãos na testa e sentou-se sozinho na casa vazia.

O celular tocou, era uma mensagem de Ophélia: "Quando você volta para casa?"

"Por que ainda não dormiu?"

Gregório digitou algo, mas apagou e ligou para Dona Alessa.

Dona Alessa, acordada às três da manhã, Dona Alessa estava visivelmente confusa, e relatou detalhadamente: "A senhora tem dormido tarde nos últimos dias, nem tomou o café que preparei... Se vocês têm algum desentendimento, precisam resolver isso, não pode ficar sem voltar para casa..."

Gregório não era tolo.

...

Fidelis Pascoal estava de volta de uma viagem de negócios quando foi confrontado pelo seu próprio filho na porta de casa.

Um Bentley preto veio em sua direção a toda velocidade, mas o motorista, com anos de experiência, conseguiu frear a tempo.

O Bentley parou bem à frente, a porta do motorista se abriu e Gregório se aproximou rapidamente, batendo no vidro traseiro.

O vidro abaixou e Gregório, com uma seriedade rara, disse: "Preciso perguntar uma coisa."

Fidelis Pascoal, sentado no assento de couro, lançou um olhar rápido para o carro bloqueando seu caminho: "Você veio para fazer perguntas ou veio para tirar a minha vida?"

A voz de Gregório estava fria: "Decido depois de fazer as perguntas."

Ele vinha investigando o Horizonte, e Fidelis Pascoal já tinha ouvido os rumores, sem mostrar grande reação, instruiu o motorista: "Pode descer."

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