O Gregório olhava para ela sem entender.
"Então você não vai me contar." Ele era muito inteligente. "Você suspeita que isso tem a ver com a Família Pascoal, e acha que eu ficaria contra você, não é?"
Ophélia disse: "Eu não pensei dessa maneira."
"Então como você pensou?" Gregório a perguntou, dando-lhe a chance de se explicar.
"Eu desejo mais do que ninguém que isso não tenha nada a ver com a sua família. Se possível, também não queria suspeitar da vovó, nem do papai e da mamãe."
"Como eu posso dizer você que suspeito que a sua família matou os meus pais? Se no final descobrir que acusei vocês injustamente, como vou encarar você, como vou encarar a vovó?"
A vovó amava ela tanto, e as pessoas da Família Pascoal sempre a trataram bem.
A Ophélia sentiu um amargor no nariz, o calor aumentando aos olhos, e apertou o dedo indicador com o polegar, como se isso pudesse aliviar um pouco.
"Eles são a sua família, envolver você significa que você tem que confiar neles ou suspeitar deles por minha causa?"
Gregório se levantou e veio até ela, agachando-se à sua frente, e secou as lágrimas quentes que escorriam dos seus olhos.
"Seja qual for a dificuldade, é minha escolha, eu que lido com as consequências. Você não precisa se preocupar muito comigo, eu prefiro que você aprenda a contar comigo para qualquer coisa, em vez de tentar lidar com tudo sozinha."
As lágrimas de Ophélia caíam mais fortemente.
Gregório pacientemente as secava, até que suas mãos estivessem completamente molhadas, então ele parou e olhou para ela.
"Ophélia, eu só tenho uma pergunta."
Ela levantou os olhos, embaçados pelas lágrimas.
Gregório ajoelhou-se em um joelho à sua frente, seus olhos tranquilos escondendo um significado obscuro e difícil de discernir.
"Eu não sei..."
Quando terminou, ela viu a temperatura nos olhos de Gregório esfriar gradualmente, enquanto a chuva constante lá fora e a pressão opressiva envolviam a mansão que levava o nome dela.
Gregório soltou sua mão e se levantou.
"Isso também é justo." Sua voz carregava um tom de angústia e autodepreciação. "Agora é a sua vez de me abandonar."
De repente, uma onda de tristeza dominadora a inundou. Ela queria alcançar sua mão: "Gregório..."
Seus dedos roçaram o dorso da mão dele, mas ele se virou e foi embora.
No momento em que a porta se abriu, um vento frio invadiu o local, e ele saiu para a chuva sem sequer pegar um guarda-chuva, caminhando a passos largos para a tempestade.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....