Gregório lançou um olhar profundo em seu rosto pálido e delicado: "Então, o que você está escondendo de mim?"
A mão que apertava o coração de Ophélia estava se apertando cada vez mais, ela não sabia se deveria levar Gregório para essa situação cercada de névoas e perigos.
Ela ainda não tinha encontrado respostas com Marlon Pinto.
A verdade estava trancada em um quarto fechado, ela não sabia o que enfrentaria ao abrir a porta e não encontrava a chave para entrar.
Em alguns segundos de seu silêncio, o Gregório colocou a toalha na bandeja, desabotoou o paletó com uma mão, tirou-o e o colocou sobre os ombros dela.
Ele ainda segurou sua mão: "Vamos pra casa conversar."
Deixando a festa de comemoração, eles entraram no carro, e o caminho todo de volta foi apenas silêncio.
Eloi percebeu o ambiente incomum, mesmo que não ficassem sempre juntos trocando carícias, eles sempre tinham pequenas conversas.
Tendo visto os dois em conflitos diretos antes, onde mal conseguiam trocar duas ou três palavras sem discordar, frios e tensos um com o outro, agora ver eles tão apaixonados era realmente reconfortante para Eloi.
Mas o que estava acontecendo hoje?
Desde que se reconciliaram, Gregório fez todas as vontades de Ophélia, a mimando e nunca dizendo uma palavra dura, que dirá mostrar frieza.
Eloi, preocupado, percebeu que, ao sair do carro, Gregório como sempre abriu o guarda-chuva para Ophélia, enquanto a própria camisa dele recebia gotas de chuva, mas ele protegia ela cuidadosamente, fazendo Eloi pensar que talvez estivesse apenas se preocupando à toa.
As flores de buganvília na parede tremiam sob as gotas de chuva, com as pétalas espalhadas pelo chão.
Quando entrarão, Gregório guardou o guarda-chuva ao lado da parede, onde a água clara escorria para baixo, tornando rapidamente uma pequena poça que refletia a luz laranja no chão.
Ophélia tirou o paletó, ouviu quando ele se sentou no sofá e o chamou: "Vem aqui."
Ela sabia que ele estava zangado, então não se sentou ao lado dele, mas sim de frente, cubrida com o paletó dele.
Gregório respondeu: "Eu não vi. Agora me diz o que tem nele."
Ele já tinha notado a existência daquele caderno, mas respeitou ela demais para mexer nele sem permissão.
Ele percebeu seu inesperado interesse pelo Banco Horizonte e sua investigação sobre Marlon Pinto, por isso fez questão de convidar ele para a festa de hoje, para levá-la para encontrá-lo.
Ele queria saber o que a preocupava.
Ophélia, depois de um longo olhar, sob o olhar firme e inabalável dele, tirou o caderno amarelado da bolsa.
"Este é o caderno do Oficial Damásio, que estava encarregado do caso dos meus pais. Ele usava para anotar coisas, tem informações sobre alguns casos daquela época."
"Você está investigando o caso dos seus pais."
A Ophélia concordou, continuando: "Na época, o alvo era o Banco Horizonte, mas a polícia não encontrou nenhuma pista útil nas investigações no Horizonte."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....