Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 404

Naquela noite ela estava de plantão, quando foi até a máquina automática comprar um café. O som de saltos altos ecoando atrás dela, de longe se aproximando, fez com que Ophélia olhasse para trás.

Quando viu Vania, ela não reagiu muito, continuando a mexer na máquina de autoatendimento.

"Mauro e eu terminamos." - disse Vania, parando atrás dela.

"Parabéns, então." - A resposta de Ophélia foi quase indiferente.

Ela já sabia da notícia; depois daquele dia, Nileson foi atrás de Mauro e o espancou. Mauro não reagiu de forma alguma.

O hotel spa de Vania fechou. Ao longo dos anos, ela havia se envolvido em vários negócios: hotéis, restaurantes e até mesmo a indústria cultural, com Mauro sempre ajudando bastante.

Agora, ele havia fechado todas as portas que podia e retirado seus investimentos das empresas. Vania, sozinha, não conseguia sustentar tudo.

Sua empresa, na qual atuava como representante legal, foi auditada pela Receita Federal. Alguém por trás disso, mas todo mundo sabia que o Sr. Cabral tinha espalhado a palavra no meio social: quem ajudasse ela estaria contra ele.

Aquelas socialites que, por respeito à Família Ovidio, tratavam Vania com toda consideração, de repente a evitavam como se tivesse uma doença contagiosa.

Vania perguntou com ironia: "O que tem de bom para me dar parabéns?"

"Não é para você." - Ophélia pagou escaneando o código, e a lata de café caiu com um barulho, ela se abaixou para pegá-la: "Parabéns para o Mauro, por ter acordado para a vida."

A placa indicativa estava acesa, a palavra "oftalmologia" - brilhava claramente.

Com seu café na mão, Ophélia passou por Vania e disse: "Eu teria vergonha se fosse seus pais."

"Isso tem alguma coisa a ver com meus pais?" - Ophélia disse friamente: "É melhor ter vergonha de seus próprios pais."

"Meus pais estão vivos e bem, mas os seus foram mortos pela família Pascoal."

Ophélia observou cada expressão no rosto de Vânia, tentando encontrar alguma inconsistência.

Vania apenas lhe deu um sorriso significativo: "Por que eu lhe contaria alguma coisa?"

O som de saltos se afastando ecoou enquanto Ophélia permanecia no corredor, sentindo um calafrio como se uma brisa gelada estivesse soprando nela.

A cama do posto de enfermagem era estreita, e o hospital, durante a madrugada, mergulhava em um silêncio quase completo, apenas ocasionalmente perturbado por algum ruído distante, que logo voltava a se aquietar.

A luz do teto era incômoda, e Ophélia não conseguiu fechar os olhos, a imagem da mão com um sinal na palma não saía de sua mente.

Seria coincidência?

Vania tinha vindo a ela com aquelas palavras, tentando perturbá-la ou realmente sabia algo que Ophélia desconhecia?

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