Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 194

Mas ele simplesmente não conseguia aceitar que até a Ophélia pertenciasse ao seu irmão mais velho.

Qualquer um pode fazer isso, por que deveria ser seu irmão mais velho?

Se até a balança de Ophélia pendia para o lado do irmão, o que ele estava realmente amando?

Ele não conseguia voltar para casa e encarar uma Ophélia apaixonada pelo seu irmão. Então, mergulhou de cabeça em um projeto atrás do outro, utilizando a correria incessante para anestesiar seu coração inquieto.

No aniversário do Nileson, ele deu um jeito de aparecer, mas não esperava que Ophélia fosse.

Ao vê-la, todas as emoções que ele tentava suprimir vieram à tona: desapontamento, ressentimento, insatisfação.

Por que você também é assim? Você ama meu irmão, por que eu deveria te amar? Se seu coração pretence a ele, eu também deveria buscar uma outra pessoa para amar, para ser justo.

Então, ele cometeu um erro que jamais poderia consertar.

Ele se arrependeu no momento em que acabou de falar, quando a Ophélia partiu. Ter se vingado dela não trouxe a sensação de alívio que esperava, mas sim uma agonia como a umidade que antecede uma tempestade.

Naquela noite silenciosa e inquietante, ele se revirava na cama, incapaz de dormir, imaginando se ela choraria, tão propensa às lágrimas como era.

No fim, ele até tentou se convencer de que era melhor fingir que não havia escutado nada. Ela não era totalmente indiferente a ele, será que também sentia algo de amor?

No dia do noivado do seu irmão, ao voltar para a casa antiga, ele queria fazer as pazes.

Queria dizer a ela que mentiu naquele dia, que só a amou, e a ninguém mais.

Durante o jantar, Ophélia não olhou para ele nem uma vez. Quando Gregório serviu para ela sua comida preferida, costelinha ao molho agridoce, mas ela não tocava no prato.

Depois do jantar, ele foi procurá-la e, ao virar no corredor, ouviu-a perguntar ao irmão com tristeza: "Você ama a Sra. Pacheco?"

Gregório percebeu que ela havia olhado para Kaela várias vezes durante o jantar, distraída.

Aquele olhar cheio de inveja era como uma agulha, estourando a última bolha de ilusão que Gregório tentava manter.

Parecia que ela havia esquecido que era o aniversário de casamento deles.

Gregório voltou para casa apenas para se decepcionar, voando de volta para Nova York naquela mesma noite.

Ao longo de dois anos, ele e Ophélia ficaram cada vez mais distantes, separados por um oceano Pacífico.

Até que, no terceiro outono, Queren ligou, lembrando-o que o prazo de três anos estava acabando e que era hora de voltar para resolver as papeladas.

Naquele dia, Ophélia, que nunca havia ligado para ele, fez uma ligação. Gregório sabia que ela só ligaria para falar de divórcio.

Ele estava ciente de que, para ambos, o divórcio era a melhor saída, mas surpreendentemente havia algo lutando contra essa lógica.

Ele pretendia voltar para finalizar tudo, mas cada vez que Ophélia tentava falar em divórcio, uma força inexplicável o fazia agir de forma irracional, evitando e adiando a decisão.

Se ele tivesse se dado conta mais cedo do que aquele sentimento realmente significava, e naquele momento admitisse que ainda a amava, que não conseguia viver sem ela, será que teria conseguido mantê-la ao seu lado?

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