Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 193

Logo após se casarem, Ophélia sentia distande dele, que não o conhecia muito bem.

No dia do casamento, ela vestia um belo vestido de noiva mas não sorriu nem uma vez.

Durante a cerimônia, ao trocarem alianças e o celebrante anunciar que o noivo poderia beijar a noiva, Gregório segurou a mão dela que agora portava a aliança, aproximando-se lentamente enquanto os cílios dela tremiam sob o véu branco.

Ele achou aquilo engraçado, queria brincar com ela, mas no fim decidiu poupá-la, beijando-a através do véu.

Na recepção, Gregório foi bastante incentivado a beber, fingindo estar mais bêbado do que realmente estava, quando alguém sugeriu que Ophélia ajudasse ao seu marido.

Lançando-lhe um olhar, viu-a hesitar por alguns segundos antes de se aproximar, segurando seu braço como se ele fosse uma avó.

Chegando à suíte do Bosque dos Ipês naquela noite, Gregório encontrou-a sentada na ponta da cama, vestindo o mesmo vestido vermelho da cerimônia.

O decote revelava ombros delicados e finos, o tecido de cetim abraçava sua cintura esbelta, e a saia sereia descansava sobre o tapete, seus pés calçados em saltos altos de tiras de cristal, com delicadas correntes prateadas envolvendo seus tornozelos.

Gregório sentiu algo se mexer dentro dele.

Foi a primeira vez que ele viu em Ophélia a sedução e o encanto de uma mulher adulta.

Ela levantou os olhos para ele, brincando com o tecido do vestido entre os dedos.

Ela ainda não havia se formado, e seu olhar estava claro e nervoso.

Gregório permaneceu lá, dividido, mas a cortesia prevaleceu: "Vou dormir no quarto de hóspedes."

Ele havia planejado cada detalhe da decoração do quarto, dedicando especial atenção à iluminação.

Ophélia sempre teve medo do escuro, precisando dormir com uma lâmpada acesa. Conforme a Sra. Eunice havia dito várias vezes, argumentando que isso prejudicava o sono, mas Ophélia, sempre dócil, nunca retrucava, sem nunca mudar tal hábito.

Mesmo uma luz noturna era insuficiente, pois não cobria todos os cantos escuros do quarto.

A ideia de ficar confinado em uma casa, que antes seria insuportável, tornou-se um prazer, convencendo Ophélia de que a estrada ainda estava intransitável, fazendo de tudo para mantê-la lá.

Desacostumado ao trabalho doméstico, aprendeu a cozinhar, ignorando os projetos da empresa para se dedicar às receitas como se fossem seu negócio.

Em um momento de impulso, chegou a sugerir: "Que tal vivermos reclusos aqui pelo resto de nossas vidas?"

Um mundo só deles, onde cada um era o universo inteiro do outro.

Após retornarem da Janela Montanha, Gregório e Ophélia viveram uma breve, mas intensa fase de paixão, como se estivesse mergulhado em um pote de mel, tudo parecendo um sonho.

Acordou naquele dia no patamar da escada, ouvindo Queren dizer que Ophélia, no início, queria se casar com seu irmão mais velho.

Gilberto representava para ele uma existência complicada, sendo ao mesmo tempo o irmão mais próximo e querido, e também a pessoa que sempre o superava em todos os aspectos.

Passou muitos anos lutando e aceitando que tudo no mundo pertencia ao irmão mais velho.

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