No final do jantar, Ophélia saiu acompanhada de Tarsila Fagundes e os demais.
Eloi havia estacionado o carro na porta, e por uma coincidência, o carro de Bertram também havia acabado de chegar atrás dele.
Clorinda Serrano e Tarsila Fagundes murmuravam entre si enquanto entravam no carro, com Bertram ao lado e Gregório abrindo a porta do veículo.
Dois olhares se fixaram em Ophélia no mesmo instante, enquanto ela estava prestes a levantar o pé.
Os dedos longos e pálidos de Gregório repousavam na porta do carro, e com um ar distante, ele lançou uma frase: "Você não vai querer o WhatsApp do seu ídolo?"
Agora, Ophélia sentia como se ele tivesse seu destino nas mãos. Embora relutante, não tinha escolha a não ser obedecer.
Ela pediu a Bertram: "Por favor, leva a Tarsila com você."
Bertram lançou um olhar para Ophélia, que se dirigia a Gregório, com um ar de entendimento: "Claro."
Já dentro do carro, Ophélia pegou seu celular, decidida a não ser mais ameaçada: "Pode adicionar agora."
Gregório, com um olhar indiferente, jogou seu celular para ela: "Adicione você."
Ophélia não sabia a senha dele, e mexer no celular sem perguntar é algo reservado para casais que realmente confiam um no outro, ainda mais para usar um aplicativo tão pessoal quanto o WhatsApp.
Mas deixar que ele fizesse poderia resultar em mais travessuras.
Ela não podia dar mais essa vantagem a ele.
Ophélia pegou o celular e perguntou: "Qual é a sua senha?"
Gregório: "A data de seu aniversário."
Após inserir a senha, a tela de bloqueio se abriu, mostrando o topo do Montanha Meteoro ao amanhecer, com eles dois lado a lado diante do sol nascente.
Era proposital, Ophélia percebeu. Ele queria que ela visse.
Com o dedo suspenso sobre a tela, Ophélia baixou os olhos, permanecendo em silêncio por um longo tempo, até finalmente abrir o ícone verde.
Ela esperava ter que procurar por si mesma, mas viu seu próprio avatar no topo da lista.
Ophélia: "…"
"Não é à toa que você e essa idiota da Tarsila Fagundes se dão tão bem." Gregório disse, "‘O Pateta e o Mal-Humorado’ poderiam ser interpretados por vocês dois."
"…………"
Até descer do carro, Ophélia não lhe dirigiu mais a palavra.
Seguindo-a ao sair, Gregório colocou seu casaco, caminhando lentamente atrás dela em direção ao prédio.
Ophélia se virou: "Por que está me seguindo?"
"Vou te levar até em cima." Gregório ajeitou a gola do casaco.
"Não precisa, o caminho todo é iluminado, e eu não tenho medo." Na verdade, ela temia não conseguir se livrar dele facilmente, Ophélia falou, parando por um momento.
"Quando você tiver um tempo, vamos buscar a certidão de divórcio."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....