Gregório arqueou uma sobrancelha: "Nileson disse isso? Ele está buscando tomar uma surra?"
A expressão de Rosa ficou ainda mais seca: "Não, não foi ele. Não sei quem começou com essa história."
Ophélia não tinha intenção de ser falsa com ela, então Rosa, encontrando resistência, decidiu bajular Gregório.
Ela achava que Gregório não era tão difícil de abordar quanto os rumores sugeriam, parecendo bastante aberto e amigável. E, sendo tão raro ter a chance de encontrá-lo pessoalmente, por que perder a oportunidade de fazer amizade?
"Sr. Gregório, vamos tomar um drink."
Ela não se importava com os olhares ao redor, levantou a garrafa de vinho tinto sobre o copo de Gregório, inclinando a boca da garrafa.
Ao servir o vinho, ela se inclinou, revelando mais do que o previsto devido ao seu decote acentuado.
Os outros entenderam o que estava acontecendo sem palavras, alguns desprezando, outros assistindo ao espetáculo, enquanto Ophélia comia sua torta de maçã, fingindo não notar.
Quando o vinho estava prestes a transbordar, Gregório levantou a mão, seus dedos longos cobrindo a abertura do copo.
"Hoje não vou beber."
Tomar algumas bebidas e trocar algumas palavras, e então sugerir adicionar um ao WhatsApp do outro, era a regra não escrita dos encontros sociais. Rosa, expert nessa arte, tentou persuadir com um charme: "Você veio de carro? Depois é só chamar um motorista substituto."
Gregório sorriu de canto, com um olhar frio e distante: "Eu vim de avião, você vai me arranjar um piloto?"
"..."
Alguém do outro lado não conseguiu conter o riso.
Rosa se sentiu humilhada em público, e justo nesse momento, alguns cavalheiros, ouvindo que o Sr. Gregório tinha chegado, vieram oferecer-lhe bebidas.
"Ei, Sr. Pascoal, que vento te trouxe aqui?"
"Estou tentando marcar um jantar com você há dois meses, mas você é demasiado ocupado."
Gregório sem pegar o copo, e sem se levantou, apenas sentado casualmente, respondeu de maneira evasiva.
Alguém olhou para Ophélia ao seu lado e elogiou: "Esta deve ser a sua esposa, certo? De longe, eu até pensei que fosse uma celebridade."
Durante a refeição, os organizadores do evento também vieram verificar se a comida estava ao gosto do Sr. Gregório, substituindo as bebidas de sua mesa pelas da mesa principal.
Gregório não fez outros pedidos, exceto por mais uma porção de torta de maçã com aveia.
Quando a torta foi trazida, Gregório deu uma leve indicação com o queixo: "Coloque ali."
O garçom, complacente, colocou a torta à frente de Ophélia e retirou os pratos vazios.
Ophélia hesitou, olhando para Gregório.
Gregório ajustou a sua gravata, percebendo o seu olhar.
Ao longo do jantar, ele recebeu vários brindes, mas seu olhar permanecia sóbrio, sem sinais de embriaguez, apenas parecendo mais relaxado.
Quando seus olhares se cruzaram, Gregório pausou o gesto de afrouxar a gravata por um segundo, para então continuar, desabotoando lentamente o colarinho com uma mão.
Com um sorriso de canto de boca, ele sussurrou em um tom que só ela podia ouvir: "Ophélia, pare de me olhar assim com esses seus olhos grandes e encantadores. Se daqui a pouco receber um beijo, não venha me culpar."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....