Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 179

"Haverá uma reunião de projeto sobre a aquisição do Grupo Honra pela Empresa de Nova Tecnologia às nove horas. Este é o resumo do investimento em M&A enviado ontem pelo Departamento de M&A. Por favor, dê uma olhada."

Gregório pendurou o casaco, pegou o documento e começou a examiná-lo em pé na frente de sua mesa, lançando um olhar casual ao calendário, onde hesitou por um momento.

"Qual é a data de hoje?"

Lisandro respondeu: "Dia 17."

O calendário de estilo minimalista, que já ocupava um lugar naquela imponente mesa de chefe de cor preta há três meses, por algum motivo, de repente se tornou um incômodo para os olhos exigentes do Sr. Gregório.

Ele murmurou: "Quem colocou isso aqui? Eu estou com Alzheimer por acaso, para precisar de um calendário?"

Lisandro ficou em silêncio.

Afinal, quem tinha acabado de perguntar que dia era agora?

Lisandro, sem saber o que fazer com o humor instável do chefe, que havia tirado um dia de folga e voltou mais inquieto do que se tivesse trabalhado um dia extra, prontamente pegou o calendário.

"Eu cuidarei disso agora mesmo."

A disposição de Gregório já estava sob nuvens escuras. Sentou-se na cadeira de escritório e começou a folhear o resumo executivo e a análise de avaliação no relatório.

"O que mais tenho na agenda?"

Lisandro relatou resumidamente o roteiro das próximas duas semanas em ordem cronológica e importância: "Temos compromissos sociais hoje e amanhã, agendados desde a semana passada. Após o dia 20, podemos ter mais tempo livre."

Gregório, que estava revisando o relatório, parou por um momento, e com um sorriso meio irônico nos lábios e um tom cheio de preocupação, perguntou: "Você está cansado de ser meu assistente? Que tal trocar de lugar com o novo estagiário?"

Lisandro respondeu prontamente: "Também pode não ser possível."

Gregório então abandonou aquele sorriso sinistro, recostando-se na cadeira com indiferença: "Pode ir."

A alta carga de trabalho e a pressão psicológica do banco de investimentos eram bem conhecidas. Nos dois anos em que esteve no País A, Gregório já havia se acostumado a trabalhar além da capacidade.

"Aí, você tem que atender rápido." A pessoa brincou, "Ligando tão cedo para fiscalizar, minha cunhada sentirá muitas saudades."

Embora soubesse que era apenas um elogio, Gregório se sentiu lisonjeado, mantendo um leve sorriso enquanto se afastava com o celular.

O corredor estava forrado com um tapete grosso, silenciando seus passos, e ele caminhou até um canto tranquilo, relaxando o nó da gravata.

"Você já saiu do trabalho?"

O ruído ao fundo desapareceu, e sua voz soou mais clara. Ophélia confirmou com um murmúrio e perguntou: "Você está livre amanhã? Precisamos ir ao cartório pegar o nosso divórcio."

O sorriso nos olhos de Gregório desapareceu como neblina.

O inverno traz o anoitecer cedo, e a escuridão azulada envolvia o local. Daquele ponto, era possível ver os arranha-céus do distrito comercial oposto, com a agitação da Cidade Nascente brilhando nas luzes vívidas dos escritórios.

E, na janela à frente de Gregório, havia apenas uma árvore desfolhada.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa