Ophélia massageou a testa, irritada. A mentira que contou no topo da montanha foi apenas para evitar que ele insistisse.
Em poucos dias, ao obter a certidão de divórcio. Nada que acontecesse entre ela e Gregório importaria mais. Eles estariam separados, sem mais ligações.
De que adiantaria ele saber se ela o amou profundamente?
Ela não queria mais complicações.
"Então no que você quer acreditar exatamente?" Ophélia perguntou, com um tom frio. " Você quer acreditar apenas se eu te dar a resposta que você quer ouvir? Se for assim, então eu posso te dizer."
"Não importa qual for a resposta, desça e diga na minha cara, olhando nos meus olhos."
Ophélia fechou as cortinas: "Já é tarde, vou dormir."
Gregório falou em um tom calmo, mas firme, não deixando espaço para negações: "Se você não descer, eu subirei. Você sabe, sou um cavalheiro durante o dia, não necessariamente à noite."
Ophélia ficou em silêncio por alguns segundos: "Por que você tem a palavra final em tudo?"
"Você se afasta quando quer, diz que me ama quando deseja, vai para outro país se tem vontade e volta quando lhe convém. Você quer que eu siga qual caminho, eu sigo. Me chama para descer no meio da noite e eu tenho que obedecer, por quê?"
Gregório ficou sem palavras.
Sua autoridade desapareceu, e ele amoleceu o tom, resignado: "Peço desculpas. Se você não quiser descer, tudo bem. Você manda, está bom assim, meu amor?"
Ela, friamente, respondeu: "Se não tem mais nada a acrescentar, vou desligar."
Gregório nem conseguiu responder quando a chamada foi encerrada abruptamente.
O inverno em Cidade Nascente era difícil para as magnólias que amavam o calor, murchando sob o peso das sombras silenciosas que cobriam Gregório.
Ele olhou para o telefone desligado em sua mão e, ao levantar os olhos, viu que a luz do andar de cima também havia se apagado.
No vento noturno, Gregório suspirou profundamente.
Gregório não tinha ido embora, estava encostado na parede do corredor, mexendo no celular.
Ao ouvir a porta abrir, ele olhou para cima, e Ophélia percebeu que ele não tinha mais o café.
"Dei para o seu vizinho," disse Gregório, guardando o celular, "quer que eu pegue de volta?"
Ophélia, que inicialmente não queria falar com ele, o segurou rapidamente quando ele realmente começou a bater na porta do vizinho.
"Você pode não ter vergonha, mas eu tenho."
Gregório olhou para a mão dela segurando a dele: "Então, você chegou de me amar?"
"..."
Ophélia soltou sua mão e virou-se para o elevador.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....