Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 176

Naqueles dias, como ela dormia até tarde e não precisava ir às aulas, ela frequentemente se permitia o luxo de dormir até mais tarde, com o sol já espalhando seu calor por toda a cama enquanto ela ainda se encontrava nos braços de Morfeu. Gregório estava ao lado da cama, dando leves tapinhas nela para despertá-la.

Suas mãos esguias apareceram na câmera, pegando uma mecha de seu cabelo, deslizando-a desde a testa até a ponta do nariz dela.

Enquanto a importunava, ele sussurrou com um sorriso malicioso: "Porquinho, o sol já está batendo na bunda."

Ophélia, ainda no mundo dos sonhos, piscou algumas vezes, despertada por ele, e com um olhar confuso e sonolento, estendeu os braços em sua direção.

Ao ver aquela cena, algo dentro de Ophélia amoleceu por um momento.

Ela nem sequer lembrava mais dessa época, desde que tinha seis anos, nunca mais havia pedido um abraço para ninguém.

Uma risada leve de Gregório ecoou no vídeo antes de ser interrompido.

Mas ela sabia que, depois que a câmera foi desligada, ele com certeza a tinha abraçado, e talvez até a tenha beijado.

Porque Gregório, naquela época, era assim, um doce.

O vídeo terminou automaticamente, e Ophélia ficou sentada em frente ao computador, observando a tela preta do player, enquanto seu celular vibrava no criado-mudo. Ela se levantou para pegá-lo.

Era uma ligação de Gregório.

Nos primeiros dois segundos, ela quase não conseguiu distinguir para qual dos Gregórios estava ligando.

Ao atender, Gregório perguntou: "Você ainda não dormiu?"

Ele soava tão casual que Ophélia respondeu sem pensar muito: "Não. Você me ligou por algum motivo?"

Ele deu um hum significativo: "Eu queria saber se você me bloqueou no WhatsApp".

Ophélia ficou confusa: "Quer que eu te bloqueie agora para te satisfazer?"

"Por que você não respondeu as minhas mensagens?"

Ophélia sentiu uma pontada de culpa na acusação dele: "Não vi."

Ela colocou o celular no viva-voz e abriu o WhatsApp para ver o que ele havia enviado.

Desde que voltou do Hotel de Águas Termais naquela tarde até cinco minutos atrás, ele tinha enviado várias mensagens.

【Ophélia, vamos conversar】

【Não acredito que você nunca me amou】

Ophélia, sem palavras, caminhou até a janela e abriu as cortinas para olhar lá embaixo.

A noite estava escura, e a luz dos postes era insuficiente, mas ela pôde ver vagamente um carro preto estacionado ao lado de uma árvore de magnólia.

Uma figura alta e esguia estava junto ao carro, segurando um telefone e olhando para cima, em sua direção.

Ophélia recuou instintivamente, temendo ser vista.

"Não se esconda." A voz preguiçosa de Gregório chegou aos seus ouvidos pelo telefone. "Eu te vi."

Ophélia: "…"

"Desça." Gregório disse. "Eu estou te esperando aqui."

"O que é que você quer, afinal?"

"Nada. Só responda à minha pergunta."

"Eu já respondi de manhã."

"Não acredito." Gregório ainda olhava para a janela dela. "Ophélia, você respondeu rápido demais, eu sei que você estava mentindo."

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