Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 256

O olhar de Sávio pousou sobre os lábios delicados dela.

A jovem tinha os lábios entreabertos, úmidos e inchados de ter sido beijada.

Seu olhar tornou-se sombrio, e a respiração que tinha acabado de se acalmar, tornou-se novamente rápida e quente.

Dionísia percebeu o perigo e instintivamente quis fugir.

Mas assim que se levantou, foi pressionada pelos ombros e sentou-se novamente.

"Ah!"

Dionísia deu um grito curto, as bochechas ardendo de sangue correndo, desejando poder se enfiar em um buraco no chão.

Os braços de Sávio eram como se fossem feitos de aço, apertando-a firmemente em seu abraço.

Dionísia ficou tão fraca com aquele beijo que não tinha mais forças para fugir.

Tudo culpa do tio!

Ele não só sabia flertar, como também beijar bem demais.

Dionísia sentiu um sabor amargo subir à boca.

"Tio, quantas pessoas você já beijou antes?"

Sávio escureceu a face, "Quando foi que eu beijei alguém?"

Ele era puro e limpo.

Aquelas pessoas lá fora, ávidas por riqueza e superficialidade, ele nem as considerava.

"Então como você sabe beijar assim?"

Sávio apertou carinhosamente o rosto dela, "É você que é muito desajeitada, nem respirar sabe direito."

Dionísia imediatamente perdeu o fôlego.

Talvez ela fosse mesmo desajeitada.

Mas quem poderia se concentrar em respirar quando o tio a beijava de um jeito tão dominador, deixando-a tonta?

"Tio, eu vou voltar para dormir."

"Já está com sono agora?"

Sávio quase riu de irritação.

Ela acabou de provocá-lo e agora quer ir embora assim, sem mais nem menos?

Ela que pensasse melhor!

"E então, o que você quer fazer?"

Dionísia mordeu seus lábios vermelhos e suculentos, sua voz fraca e patética.

Sávio se aproximou do ouvido dela e disse pausadamente: "O que você acha?"

Dionísia sentiu os alarmes soarem em sua mente.

Não é bom!

O tio vai devorá-la!

Ouvindo um barulho na porta, alguém a abriu e entrou.

Pensando que era Bruna, Dionísia disse: "Bruna, não estou com fome agora, volte mais tarde, por favor."

"Sou eu."

Ao ouvir a voz do tio, Dionísia imediatamente puxou o cobertor sobre a cabeça, cobrindo-se.

Debaixo do cobertor, veio um murmúrio abafado: "Ainda não acordei."

Um sorriso brincou nos olhos de Sávio.

"Hoje o clima está bom, coma o café da manhã direitinho que ao meio-dia você pode comer sorvete."

"Sério?"

Dionísia imediatamente levantou o cobertor.

A jovem estava radiante.

Sávio sabia que só conseguia atraí-la com guloseimas.

"Primeiro tome esta sopa."

Dionísia estava prestes a estender a mão para pegar, mas rapidamente mostrou uma expressão de dificuldade, dizendo de forma dócil.

"Tio, meu braço está doendo."

Ela nem conseguia segurar a tigela.