Ao ouvir o nome de Asher, Clarice lembrou-se de como ele havia salvado sua vida recentemente. Preocupada que Sterling pudesse querer causar problemas para ele, apressou-se em explicar:
— Eu e o Asher somos completamente inocentes! Não é nada do que você está pensando!
Sterling observou o desespero nos olhos dela, e um brilho sombrio tomou conta de seu olhar. Seus dedos apertaram ainda mais o braço de Clarice.
— Está preocupada que eu vá atrás dele? — Perguntou Sterling com a voz baixa, carregada de malícia.
Ela mal havia se recuperado do que ele fazia em seu corpo, mas ao ouvir o nome de Asher, toda a resposta física desapareceu. Sterling percebeu isso imediatamente. Clarice realmente estava disposta a proteger Asher, não estava?
O corpo dela enrijeceu, e ela sacudiu a cabeça com pressa, tentando negar:
— Não é isso! Eu não quis dizer isso!
Sterling sentiu a mudança em seu corpo. Sua expressão ficou séria, e ele franziu as sobrancelhas.
— A Sra. Davis está se tornando uma mentirosa cada vez mais habilidosa. — Disse ele com a voz baixa e perigosa.
Sua raiva crescia. Clarice tinha coragem de pensar em outro homem enquanto estava com ele. Sterling não conseguia entender por que isso o incomodava tanto, mas o fato era que aquilo estava o deixando furioso.
— Eu não estou mentindo! É sério! Eu e Asher não temos absolutamente nada! — Clarice insistiu, a voz firme, embora o nervosismo fosse evidente.
Ela se lembrou do casaco que Asher havia dado a ela na noite anterior. Ele ainda estava na casa de Jaqueline. No dia seguinte, precisaria mandar lavar e encontrar uma forma de devolvê-lo. Mas se a família Preston soubesse que Asher estava de volta, certamente colocariam alguém para segui-la. Se isso acontecesse, como ela o encontraria para devolver a roupa?
Sterling ficou olhando para os lábios dela se movendo enquanto falava. Algo nele se quebrou. Com um movimento repentino, ele se inclinou e a beijou, um beijo bruto, carregado de frustração e posse.
Clarice tentou se afastar, lutando.
— Sterling, está me machucando! — Ela murmurou, a voz trêmula de dor.
Sterling parou e estreitou os olhos, o rosto rígido:
— Agora você não quer mais que eu te toque? O que isso significa?
— Eu não disse isso! É que você me machucou! — Respondeu Clarice, tentando se explicar.
Ele abaixou o olhar para ela, os olhos escuros fixos em seu rosto. Estava prestes a falar alguma coisa, mas então seus olhos pousaram no pescoço dela. Era um pequeno hematoma avermelhado, claramente um beijo marcado. Pela tonalidade, parecia ter sido feito no dia anterior.
De repente, a imagem de Asher segurando Clarice na noite anterior voltou à sua mente. Ele a segurava tão perto, tão protetor…
— Clarice, você está brincando com a morte!
Ele apertou o pescoço dela, exatamente onde estava a marca, como se quisesse apagá-la com as próprias mãos.
Clarice sentiu a dor subir rapidamente. Seu rosto ficou pálido, e ela começou a falar com pressa:
— Sterling, não é o que você está pensando!
Mas ele não estava disposto a ouvir:
— Ontem à noite, eu vi com meus próprios olhos o Asher te segurando. E agora você tem coragem de dizer que nada aconteceu?
Clarice tentou afastar as lembranças daquela noite, mas foi forçada a encarar tudo de novo. Não tinha outra opção.
Ela fechou os olhos, respirou fundo e disse, com a voz baixa, mas firme:
— Ontem à noite, no viaduto, fui atacada por alguns bêbados. Eu quase… quase fui violentada. Foi o Asher que apareceu e me salvou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...