Teresa ficou boquiaberta. O que Sterling quis dizer com isso? Que não queria o divórcio? Como isso era possível?
— Eu até não me importo. — Disse Clarice, com um sorriso irônico. — Mas temo que a barriguinha da sua querida não fique escondida por muito tempo. Quando começarem a apontar nas costas dela, não vai ser nada agradável.
Ela pensava consigo mesma que, como esposa, sua paciência e generosidade eram raras de se encontrar.
Sterling lançou um olhar sombrio para Clarice e segurou Teresa pelos ombros, ajudando-a a se equilibrar. Em seguida, caminhou até Clarice, agarrou seu pulso e a puxou para dentro do elevador. Assim que as portas se fecharam, ele segurou delicadamente a nuca dela com uma das mãos e, sem aviso, inclinou-se para beijá-la.
Clarice rapidamente levou a mão à boca, e os lábios dele tocaram os dedos dela. Estavam quentes, queimando.
Sterling soltou um resmungo baixo, afastou a mão dela e pressionou os próprios lábios contra os dela. O beijo era calmo, quase hipnotizante. O aroma sutil de tabaco que vinha dele a envolvia, tornando difícil para Clarice resistir.
Ela se perdeu naquele momento. Naquele toque.
O elevador chegou ao térreo, e o som das portas se abrindo trouxe os dois de volta à realidade.
Clarice sentiu o rosto pegar fogo. Irritada e envergonhada, começou a bater no peito de Sterling com força.
Ele, por sua vez, segurou o rosto dela e a pressionou contra o peito. Sua voz grave carregava um tom rouco:
— Não se mexa. Vou te carregar até lá fora.
Surpresa, Clarice ficou imóvel. Sterling a ergueu em seus braços e saiu do elevador com passos apressados.
Isaac, que esperava do lado de fora, ficou paralisado ao ver Sterling carregando uma mulher. Mas logo entendeu o que estava acontecendo.
O Sr. Sterling só carregava duas mulheres: a Sra. Davis ou a Srta. Teresa.
No entanto, quando carregava a Srta. Teresa, ele sempre mantinha certa distância, quase formalidade. E agora, ao carregar essa mulher, ele a segurava contra o peito, protegendo o rosto dela de olhares curiosos. Não havia dúvida: era a Sra. Davis.
Será que o Sr. Sterling tinha subido para encontrar a esposa?
Eles não ficavam juntos há dias. O corpo dela sempre foi extremamente responsivo ao toque dele, e por mais que resistisse, uma pequena e indesejada nota de prazer escapou de sua garganta.
O som era doce, quase suplicante, e Sterling sentiu o desejo aumentar. Se fosse em outra ocasião, ele já a teria tomado ali mesmo, sem hesitar. Mas naquele momento, ele decidiu provocá-la.
— Clarice… olha para você agora. Tão entregue assim. Se a gente se divorciar, quem será capaz de te satisfazer? — Murmurou Sterling, a voz baixa e provocativa em seu ouvido.
As palavras carregadas de deboche a atingiram como um balde de água fria. Clarice voltou à realidade e começou a lutar:
— Sterling, me solta! Tire suas mãos de mim!
Nos últimos três anos, a única coisa em que ela e Sterling realmente combinavam era na cama. Antes de mencionar o divórcio, ela provavelmente teria se entregado naquele momento, implorando para que ele a amasse. Mas agora, tudo parecia nojento.
Sterling conhecia cada detalhe do corpo dela, sabia o quanto ela era sensível. E agora estava usando isso contra ela, apenas para vê-la ceder.
— Não quer que eu te toque? Então quem você quer? O Asher? — Sterling provocou, enquanto continuava a brincar com ela, sua voz carregada de malícia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...