Um Vício Irresistível romance Capítulo 21

Desde que não ouvisse falar de Sterling e Teresa, o humor de Clarice permanecia leve. Assim que chegou ao elevador, as portas se abriram.

O rosto de Teresa surgiu abruptamente em sua frente. Clarice ficou imóvel por um momento. Que coincidência.

— Clarice, você veio me visitar também? — Teresa se aproximou com um sorriso doce e, sem cerimônias, segurou delicadamente o braço dela. Sua voz era suave, quase íntima, como se fossem grandes amigas.

Clarice, com um movimento discreto, afastou o braço:

— Um cliente meu está internado. Vim verificar o estado dele.

No fundo, ela não queria que Teresa soubesse que sua avó estava naquele hospital, e acabou dizendo mais do que o necessário.

— Não veio me ver? Não tem problema! Já que nos encontramos, vamos sentar e conversar um pouco. Tenho tantas coisas pra te contar! — Teresa sorriu gentilmente, ignorando completamente a expressão fria e distante de Clarice.

Clarice olhou para ela, e um sorriso irônico surgiu em seus lábios:

— Mesmo que você tenha dormido com Sterling e ele tenha te dado o bracelete que pertence à família Davis, enquanto eu e ele não nos divorciarmos, você não passa de uma amante sem vergonha. Me diga, Teresa, o que temos para conversar?

Nunca em sua vida Clarice havia visto uma amante se aproximar da esposa legítima com tanta frequência e descaramento. Ela realmente não sabia se deveria chamá-la de sem-vergonha ou admirar o fato de que, talvez, fosse amor verdadeiro.

Ao redor, um pequeno grupo de pessoas começou a cochichar e observar a cena:

— Achei que aquele pedido de casamento fosse tão romântico... No final, era só um cafajeste e uma amante. Que nojo!

— Ela roubou o marido da outra, e agora também o bracelete. Parece que pegar o que não é dela virou um hábito!

— Lembra dos boatos? Diziam que ela ganhou aquele prêmio por métodos escusos e ainda teve um filho com um homem rico. Tá na cara que era tudo verdade!

Com isso em mente, Teresa rapidamente recuperou a compostura. Tirou o bracelete do pulso e agarrou a mão de Clarice, tentando colocá-lo de volta no braço dela.

— Eu achei o bracelete bonito e pedi para Sterling me dar. Não fazia ideia de que era uma joia de família, muito menos que isso te incomodaria tanto. Me desculpa, Clarice. Eu estava errada. Aqui, o bracelete é seu. Fica com ele, mas, por favor, não fique chateada comigo, tá?

A força de Teresa era tanta que Clarice sentiu como se seu pulso fosse deslocado. A dor fez seu rosto empalidecer. Com um movimento brusco, ela empurrou Teresa para longe e respondeu friamente:

— Mesmo que eu quisesse o bracelete, eu exigiria que Sterling me entregasse. Não aceito nada das suas mãos!

O bracelete em si não era o problema. O que a incomodava era a atitude de Sterling. Aquela joia havia sido um presente do avô dela, algo com valor sentimental. Bastou Teresa dizer que gostava, e Sterling a entregou como se não tivesse importância. Que direito ele tinha de fazer isso?

— Se você não quer, então pare de dizer que o bracelete é seu! No fundo, você ainda quer, né? — Uma voz masculina e fria soou atrás delas, fazendo Clarice levantar os olhos.

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