Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 74

Joana sabia o que ela queria dizer, sorriu levemente, sem se prolongar na defesa.

Beatriz: "Lembro que você fez sua graduação na Universidade B, não é mesmo? Pretende tentar qual instituição desta vez?"

Joana: "Ainda é a Universidade B."

"Um mestrado acadêmico ou profissional?"

"Acadêmico."

"Em qual área?"

"Biologia."

Beatriz arqueou as sobrancelhas, surpresa por ser o mesmo campo de estudo que ela escolheu, "Tem algum orientador em mente?"

Joana não se esquivou, apenas acenou positivamente com a cabeça: "Sim. Profa. Quadros."

"Quem? Márcia Quadros?"

"Sim."

Beatriz lembrou-se da última vez que viu Joana trabalhando como diarista na casa da Profa. Quadros, sua expressão tornou-se um tanto estranha: "Você... não pensa que, indo à casa da professora para ajudar com a limpeza, conseguirá fazer com que ela aceite ser sua orientadora, pensa?"

Ah!

Joana: "… Foi um mal-entendido."

"Mal-entendido? Vou te dizer a verdade, a Profa. Quadros é uma das principais acadêmicas no campo da biologia, conhecida por sua rigorosidade, e nos últimos anos, ela tem orientado mais doutorandos do que mestrandos, sendo as vagas muito limitadas, então..."

Beatriz fez uma pausa: "Ser aluna dela é muito difícil. Não quero te desanimar, mas este ano também vou tentar ser orientada por ela. Pode pensar que tenho segundas intenções, mas ainda assim quero te aconselhar a mudar de orientador enquanto há tempo. Ainda falta um pouco para o resultado, você pode entrar em contato com outros professores."

Beatriz sentiu que já tinha dito o suficiente em um tom de genuína preocupação.

"Obrigada." Joana acenou levemente com a cabeça, "Eu vou indo."

Dito isso, ela se afastou.

Beatriz: "?" Isso é tudo? Acabou?

Profa. Quadros olhou para o calendário, depois de amanhã era sábado, uma boa oportunidade para Joana ir até sua casa para um almoço.

Joana levantou a cabeça e viu que estava chegando na sua estação.

Ela desligou o celular e, atravessando a multidão no pico do horário de saída do trabalho, seguiu para a segunda saída.

Ao sair da estação, foi recebida por um vento frio que quase a fez tropeçar.

Nesse momento, uma mão se apoiou firmemente em suas costas, e então uma sombra cobriu sua visão. Ela olhou para cima, viu Dionísio, e um sorriso de surpresa iluminou seu rosto: "O que você está fazendo aqui?"

"Eu estava indo para casa pegar alguns documentos, as ruas estão escorregadias, não é bom dirigir, então peguei o metrô." Dionísio a ajudou a se estabilizar.

Eles caminharam enquanto conversavam.

"Como foi o exame?"

Joana: "Foi relativamente tranquilo."

Dionísio sorriu levemente, sem dizer mais nada.

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