Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 426

"Em quem você estava pensando?" Yasmin insistiu.

André deu uma risada de desprezo: "Não pergunte, é alguém que você não pode provocar."

Até mesmo Felipe, ao comunicar com ele, era indireto, mas aquela pessoa entrou diretamente e começou a questionar...

Não havia o que fazer, era o status e a presença que os grandes nomes da academia possuem.

A Universidade B podia perder o suporte financeiro de um empresário, mas definitivamente não podia perder um cientista capaz de produzir resultados acadêmicos!

"Volte, quem foi rei nunca perde a majestade, você então…" André riu com desprezo, "é muito pior do que a Márcia!"

Márcia, mesmo estando no hospital, conseguiu mobilizar duas figuras importantes.

E você, Yasmin, não era nada!

...

Voltando ao escritório, as palavras de André ainda ecoavam nos ouvidos de Yasmin: você é muito pior do que a Márcia!

Muito pior...

Pior...

Ela estava tão furiosa que queria jogar o copo no chão, mas o copo já havia sido quebrado por ela.

A única coisa que encontrou foi um porta-canetas.

Clang!

O porta-canetas foi atirado contra a parede da frente, espalhando as canetas pelo chão.

Célia entrou exatamente nesse momento, sem perceber a atmosfera opressiva no escritório. Ela chamou "tia" e então foi até o bebedouro encher um copo para ela mesma.

Enquanto bebia, disse: "Estava morrendo de sede... Ah, tia, quando o Marcelo vai terminar aquele artigo? Hoje na aula o professor da nossa área perguntou, e eu disse que seria nessa semana. Podia apressá-lo por mim?"

Yasmin, sem expressão, respondeu: "Você acha que um artigo é o quê? Alface? Nessa semana? Você não sabe que precisa de um rascunho primeiro?!"

Esse sermão pegou Célia de surpresa.

"Tia..."

"Cale-se! Quantas vezes eu disse para me chamar de Profa. Lima na escola!"

"Mas não tem mais ninguém aqui..." Célia respondeu, claramente magoada.

"Paredes têm ouvidos, entendeu?! Um erro e estamos acabadas!"

Célia não esperava que fosse tão sério, "Desculpa, tia… Profa. Lima! Vou lembrar da próxima vez! É sobre aquele artigo..."

Yasmin estendeu a mão.

Marcelo passou o documento.

Ela começou a folhear, e quanto mais lia, mais franzia a testa: "Um mês passou, por que ainda não há progresso?"

"Os vários grupos de microrganismos que estamos cultivando apresentam dados de observação inconsistentes, estamos investigando a causa, portanto o progresso está lento."

"Quanto tempo você estima que ainda precisa?"

"…Não posso estimar."

"Como assim não pode?! Soluções são criadas pelas pessoas! Este projeto está em suas mãos há quase meio ano, se até o final deste ano não virmos resultados dos artigos, isso significa que o grupo inteiro não produziu nada no segundo semestre!"

Marcelo: "Eu entendo, mas experimentos não podem ser apressados, algumas coisas levam tempo para serem verificadas."

Yasmin curvou os lábios: "Marcelo, você é um homem inteligente, deveria saber o quão precioso é o tempo para nós. Alguém como a Márcia, que segura um projeto por dois ou três anos sem nenhum resultado acadêmico notável, acaba sendo eliminado pelo setor!"

"Você acabou de dizer que os dados observacionais são inconsistentes, está cultivando novamente as culturas bacterianas para uma segunda verificação, buscando um resultado consistente, não é? Se você acredita que a consistência é inevitável, então por que se dar ao trabalho de fazer uma segunda verificação? Isso tem algum sentido?"

"De qualquer forma…" Yasmin estreitou os olhos, um sorriso profundo em seus lábios, "ser consistente ou não, não somos nós que decidimos?"

Marcelo a observou atentamente: "O que a professora quer dizer com isso?"

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