Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 425

Hélder ainda não tinha se envolvido formalmente no projeto experimental e não sabia o que havia de especial naquele equipamento, mas ao ver a expressão de Marcelo, ele também não pôde evitar de olhar mais algumas vezes.

"…Irmão, é caro?"

Marcelo acenou com a cabeça: "Muito caro."

"Quanto custa?"

"Mais de um milhão."

"!"

Isso, isso era assustador demais.

Não era o preço, mas o fato de algo tão caro, Joana, Betânia e Kléber decidirem comprar assim.

Três pessoas, mais de um milhão...

Hélder pensou em seus pais, agricultores que se viravam do avesso para sobreviver, cujo melhor ano de colheita mal lhes rendia alguns milhares.

E comprar esse equipamento custaria mais de um milhão...

Hélder ficou parado, atônito.

Nesse momento, a voz de Betânia ecoou pelo corredor, eles estavam voltando!

Marcelo e Hélder saíram discretamente pela porta dos fundos.

Antes de sair, Marcelo não resistiu e olhou para trás, vendo Joana, Betânia e Kléber chegando, conversando e rindo sob o sol.

Joana carregava uma garrafa de água mineral, cara.

Betânia segurava um monte de lanches, quase todos com embalagens em letras inglesas, importados, nada baratos.

Kléber estava bebendo um isotônico, com uma embalagem que Marcelo nunca tinha visto antes, e claro, ele nunca havia provado.

"Irmão, no que você está pensando?"

Quando chegaram ao térreo, vendo que Marcelo não respondia, Hélder deu-lhe um leve empurrão no ombro.

Marcelo: "…É realmente bom."

Hélder refletiu: "Sim, é um novo equipamento. Como não ser bom?"

Marcelo sorriu.

Ele não estava falando sobre o equipamento, mas sim...

Eles tinham a coragem de resistir, a capacidade de argumentar e a força econômica para pagar por isso.

Realmente muito bom.

Nesse momento, dentro do laboratório—

Joana: "Por favor, senhores, bebam um pouco de água."

...

Yasmin estava de mau humor esses dias.

Logo após Marcelo ter sido repreendido, o que também refletiu mal nela como sua orientadora.

Em seguida, o reitor e secretário a chamaram para uma conversa.

Não era André, o vice-reitor que cuidava de assuntos diversos, mas sim o reitor da Escola de Ciências da Vida, a autoridade máxima.

Eles a advertiram, tanto publicamente quanto em particular, que ela não poderia promover divisões acadêmicas ou formar grupos.

Saindo do escritório do reitor, as costas de Yasmin estavam cobertas de suor frio.

Quanto mais pensava, mais irritada ficava, indo diretamente ao escritório de André para confrontá-lo, perguntando se tinha sido ele quem a denunciou.

André também estava confuso: "Eu estou louco? Levar isso ao reitor, que vantagem eu teria? Eu queria mais é que esse assunto fosse abafado, para não acabar com a fama de má gestão!"

Yasmin hesitou por um momento, franzindo a testa: "Então quem foi?"

André pensou em alguém.

Felipe só podia se fazer de importante na frente dele, nunca teria acesso ao reitor.

A única pessoa que poderia fazer o reitor lhe dar ouvidos e ainda ficar contente com isso...

Só poderia ser aquela pessoa.

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