- Eu sei, eu sei. - Joaquim respondeu, com um tom calmo e reconfortante, enquanto acariciava suavemente o braço de Rafaela. - Mas, Rafaela, o bebê está bem. Isso é uma bênção no meio de tudo isso, não é?
Rafaela soluçava de forma desesperada, seu corpo tremendo de emoção:
- Eu sempre pensei que minhas pernas poderiam se recuperar. Se não fosse por ouvir aquelas duas enfermeiras conversando lá fora, eu ainda estaria na ilusão de que poderia voltar a dançar. Eu me sinto tão culpada por este bebê, por ter uma mãe que é uma inválida!
Seus olhos estavam arregalados de angústia, e as lágrimas corriam sem parar por suas bochechas pálidas.
- Não fale assim. - Joaquim disse, segurando o rosto dela entre as mãos, seus polegares limpando as lágrimas que escorriam. - Você deu a esse bebê a vida, isso é o mais importante. Eu vou encontrar os melhores especialistas para cuidar de você. Suas pernas ainda têm esperança.
Rafaela balançou a cabeça com determinação, os lábios trêmulos revelando sua dor interna.
- Não precisa me iludir mais! Eu sei que minhas chances são mínimas. Mas uma coisa eu prometo: não vou deixar quem fez isso comigo sair impune!
Vendo a firmeza em seus olhos, Joaquim hesitou. Ele queria convencê-la a buscar um acordo, mas sabia que seria em vão. Rafaela o fitou com um olhar profundo e indagou, com uma voz cheia de incredulidade e uma raiva crescente:
- Você não está pensando em pedir que eu perdoe o pai de Natacha, está?
Joaquim hesitou por um momento antes de responder, sua voz baixa e cuidadosa:
- Se pudermos resolver isso de forma amigável, a família Gonçalves estará disposta a compensar você generosamente.
- Compensar? - Rafaela repetiu, seus olhos brilhando de raiva, enquanto sua voz aumentava em intensidade. - Como eles vão me compensar? Eles podem me devolver minhas pernas? Se algo acontecer ao nosso filho, eles podem me dar outro filho? Joaquim, não se esqueça de que Rodrigo tentou me matar!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...